domingo, 3 de agosto de 2014

Papa Francisco reintegra sacerdote sandinista ao ministério.

(Christian Newswire* | Tradução Blogonicus) - O Vaticano publicou um decreto que levanta uma suspensão de 29 anos aplicada ao Pe. Miguel F. d'Escoto Brockmann (foto), um sacerdote da [Congregação] Maryknoll. A Maryknoll Fathers and Brothers é uma sociedade missionária dos EUA.

Pe. d'Escoto, 81 anos, foi ordenado como sacerdote católico em 10 de junho de 1961. Ele ajudou a fundar a Orbis Books, a publicação teológica da congregação de Maryknoll, e se tornou um oficial junto ao Conselho Mundial de Igrejas. Durante a década de 70, d'Escoto se envolveu com política na Nicarágua. Ele integrou a Frente Sandinista de Libertação Nacional, um partido politico que removeu Anastasio Somoza e estabeleceu um governo revolucionário.

Por suas ações políticas, seu envolvimento com o governo sandinista e a recusa em abandonar um cargo político (ministro do exterior da Nicarágua) incorrendo na violação do seu ministério, Pe. d'Escoto foi suspenso dos seus deveres sacerdotais pelo Vaticano.

Na notificação do Vaticano datada de 1º de agosto, [se lê] "O Santo Padre concedeu seu benevolente assentimento para que Pe. Miguel d'Escoto Brockmann seja absolvido da pena canônica infligida a ele e o confia ao Superior Geral do Instituto [Maryknoll] com o propósito de acompanhá-lo no processo de reintegração do ministério sacerdotal"

A revogação da suspensão permite ao Pe. d'Escoto reassumir os seus deveres sacerdotais.

Pe. d'Escoto permaneceu como um membro da Maryknoll com residência na Nicarágua. De setembro de 2008 até setembro de 2009, ele presidiu a 63º sessão da Assembleia das Nações Unidas como seu presidente.

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Nossos comentários
Parece que a misericórdia, ou melhor, a "benevolência" só existe com a esquerda marxista.

Francisco se distancia a cada dia dos seus predecessores, de modo especial Bento XVI e João Paulo II que tanto fizeram para lutar contra a teologia da libertação e o marxismo, religioso ou não.

Diferentemente de João Paulo II, que de dedo em riste censurou publicamente a Ernesto Cardenal - um outro padre sandinista - Francisco acolhe benevolentemente.

Então quer dizer que Pe. d'Estoco se arrependeu e buscou o perdão do Vaticano? Nada disso! O mais escandaloso é isso, o político comunista revolucionário que por acaso também é um padre não se arrependeu de nada, não se afastou das atividades políticas e teve a sua punição revogada por um gesto, como deixa claro o texto, do próprio Papa Francisco!

Ernesto Cardenal, novamente ele!, foi um dos religiosos que mais festejaram quando viu Bergoglio subir ao poder. Ele disse sobre Bergoglio: “De maneira nenhuma esperávamos um papa do nosso continente, nem um papa revolucionário neste momento, porque foi eleito entre os cardeais que foram escolhidos pelos dois últimos papas (João Paulo II e Bento XVI), conservadores e reacionários. Então de onde sairia um revolucionário? E saiu”.

O que dizer disso tudo?
O que vemos é um Papa que baila um tango perigoso com aquela parcela da Igreja que erroneamente julgávamos derrotada (mea culpa! mea culpa!). É um papa que reabilita comunistas e beija a mão de sacerdotes gayzistas, mas censura publicamente e sem o menor desconforto a ínfima parcela do laicato que, por exemplo, recorre à prática piedosa dos buquês espirituais ou ainda que se aproxima da missa tradicional; a estes últimos só há o preconceito e o desdém.

Seguindo a mesma lógica que vimos até o momento, Leonardo Boff poderia ser reabilitado imediatamente! E o papa ainda poderia pedir perdão ao franciscano. Paranoia? Longe disso...

O pontificado de Francisco não é difícil de entender, mas é difícil de defender. Resta aos menos "paranoicos" fazerem os seus malabarismos sofismáticos, tentando negar o que está bem claro diante de nós.

Um mérito deste pontificado, entretanto, é que está nos mostrando a cada nova entrevista dúbia ou a cada decisão temerária, que a Igreja é guiada em primeiro lugar pelo Espírito Santo e não é uma instituição humana. Rezemos ainda mais pelo Papa, com mais força e devoção. Ele precisa muito das nossas orações.
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*A nota que traduzimos da Christian Newswire é assinada por Mike Virgintino, que se apresenta como RP da congregação de Maryknoll.

[Atualização 04/08 15:36 - Segundo informa a rede de notícias CNA, dando mais detalhes sobre o caso, Pe. d'Estoco escreveu ao Papa pedindo para que pudesse celebrar a Eucaristia novamente antes de morrer.]

Um comentário:

Anônimo disse...

Se em Roma restar ainda um mínimo de honestidade e decência, deverá revogar o decreto nulo (contra todas as normas canônicas) que declarou extinta a Fraternidade Sacerdotal São Pio X, fundada por Mons. Lefebvre com as devidas licenças eclesiásticas; deverá também declarar que aquele decreto de suspensão a divinis de mons. Lefebvre foi nulo.
Confesso que não tenho nenhuma esperança, porque Francisco Bergoglio não passa de um demagogo esquerdista.

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