segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Misericórdia! (Outro) Bispo Conservador removido.

Dom Sarlinga - Fidelidade ao Papa errado!


Em Julho de 2014 escrevemos:

Mas se aqueles que professam o bergoglianismo estão "sentados à direita do Papa", os que lhe oferecem resistência encontram a sua outra mão - a mão de ferro.
(...)
A acusação contra o bispo de Zárate-Campana, Dom Oscar Domingo Sarlinga, é a mesma feita ao arcebispo de Rosário - mau uso do dinheiro e abuso de poder. Só que em Zárate-Campana se fala de somas mais vultuosas de pesos, com acusações de desvio de fundos de origem pública destinados às cantinas escolares administradas pela diocese. Outra acusação é a de lavagem de dinheiro (!) no seminário São Pedro e São Paulo.
Pois é! Hoje fomos "surpreendidos" pela renúncia de Dom Sarlinga, aos 52 anos, que foi acolhida pelo Papa Francisco.

Segundo informa o La Nacion, Sarlinga participou de um movimento, alinhado com alguns políticos peronistas, para destituir o então cardeal Bergoglio de Buenos Aires. A remoção de Sarlinga, hoje, seria uma vingança pessoal do Papa argentino pelo complô que, supostamente, teriam armado contra ele no passado.

Cabe lembrar que essa história vem circulando há muito tempo. O que muda são os atores principais.

Dois já se foram...falta um!
Bergoglio nunca foi uma figura unânime dentro do seu país e da conferência episcopal. Mesmo no Vaticano a sua existência incomodava. O cardeal arcebispo esbanjava heterodoxia doutrinal combinada com uma visão muito particular do cenário político nacional. Muitos bispos, sobretudo os conservadores, viam em Bergoglio um dualismo incompatível com a sua posição primacial.

Reza a lenda que um grupo de Bispos, liderados pelo arcebispo de La Plata, teriam solicitado ao Vaticano a remoção de Bergoglio e a nomeação de um novo arcebispo mais ratzingeriano e com pretensões políticas menos evidentes. O complô foi neutralizado pelos informantes do futuro Papa na Cúria e por sua influência dentro da congregação para os bispos.

Os bispos envolvidos nesse complô são os mesmos que agora estão sendo punidos. Mollaghan, Sarlinga e o então núncio no país Mons. Adriano Bernardini. O próximo nome a cair será o do arcebispo de La Plata, Dom Héctor Aguer.

Não é a hora da misericórdia, mas da Vingança!

Como já é de conhecimento de todos, a remoção, a perseguição e destruição de bispos conservadores não se restringe ao país do Papa. Nos EUA, Itália, Alemanha e Bélgica já foi sentida a mão de ferro do papa a remover bispos de forma humilhante através de acusações absurdas e estúpidas, algo digno de um governo totalitário.

Para Francisco é tudo ou nada. Ou se está com Francisco ou contra Francisco. E, como vimos nestes últimos anos, isso vale para todos: leigos, sacerdotes, bispos, cardeais e até para o próprio Cristo.

Vatileaks II - Protegida de Bergoglio é presa pelo Vaticano

Francesca Chaouqui foi presa pela polícia do Vaticano na manhã de hoje por, juntamente com o padre Lucio Angel Vallejo Balda, vazar informações importantes de um dicastério de assuntos econômicos para jornalistas.

As informações vazadas por Chaouqui e Vallejo Balda resultaram em dois livros que serão lançados em breve na Itália, contanto dos bastidores da política interna do Vaticano, sobretudo, é claro, relacionado aos assuntos financeiros da Cúria.

Em 2013, pouco depois da sua eleição, Francisco nomeou a leiga Francesca Chaouqui como membro da comissão que deveria ajudar a reformar as finanças do Vaticano, aumentando a transparência e otimizando os gastados da máquina curial.

Segundo informa o site Vatican Insider, foi Mons. Vallejo Balda, então número dois na comissão reformadora, que apresentou o nome de Chaouqui para membro. Francisco, é claro, aprovou a indicação de imediato. Críticas sobre a atuação de Francesca Chaouqui surgiram, ligações nada santas da mesma com figuras importantes da política italiana, mas nada disso foi suficiente para Francisco reconsiderar.

A jovem jornalista e relações públicas de carreira encontrou na confusa e desorientada Cúria pós-conclave um ambiente favorável a sua atuação. Elegeu o então cardeal secretário de Estado e homem forte de Bento XVI, Tarcisio Bertone, como alvo das suas tuitadas nada cordiais. Na época, Bertone era visto como causa primeira de todos os males da humanidade, tendo ele próprio sido responsabilizado por muitos prelados e pela mídia pelos vazamentos do escândalo Vatileaks, que influenciaram enormemente na renúncia de Bento XVI. Depois do Papa alemão, foi o seu secretário de estado a figura mais atingida.

A relação do Papa com Vallejo Balda e Chaouqui começou a azedar alguns meses depois. Com a criação de um novo dicastério para as finanças do Vaticano, comandado pelo australiano George Pell, Mons. Vallejo Balda intuiu que seria ele próprio nomeado como secretário da mesma, mas Francisco optou pelo maltês Alfred Xuereb, que havia sido secretário particular de Bento XVI. Francesca Chaouqui também foi deixada de fora da nova congregação.

Como lembra o Vatican Insider, e reportamos aqui, os dois foram responsáveis pela recepção buffet dada a membros VIPs durante a cerimônia de canonização de João Paulo II e João XXIII, no terraço da prefeitura para assuntos econômicos.

Desde o escândalo do Vatileaks, vazar documentos internos do Vaticano se tornou crime na cidade-Estado. Mons. Vallejo Balda encontra-se preso e Chaouqui em liberdade por "colaborar" com as investigações.
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