sábado, 15 de fevereiro de 2014

Papa Francisco sobre a missa antiga: Uma modinha

O então-arcebispo de Buenos Aires rezando a missa nova
Por que preferimos a missa antiga? A foto acima nos responde.


O blog "Rorate Caeli" nos apresenta a tradução (para o inglês) de uma página da rádio Vaticano em checo. Nesta página o arcebispo Jan Graubner, recordando a sua recente visita Ad Limina ao Vaticano, nos apresentou algumas palavras sobre a missa tradicional que foram pronunciadas pelo Papa Francisco no encontro com os bispos desse país.

[Dom Jan Graubner] Quando estávamos discutindo sobre aqueles que apreciam a antiga liturgia e desejam retornar para ela, ficou evidente que o Papa falava com grande afeição, atenção e sensibilidade com todos para magoar ninguém. Entretanto, ele se pronunciou de forma muito forte quando disse que ele compreendia quando a geração mais antiga retornava ao que havia experimentado, mas que ele não podia compreender a geração mais nova desejando retornar a isto. "Quando eu pesquiso mais profundamente - disse o Papa - eu descubro que é mais um tipo de moda. E se é uma moda, portanto é uma matéria que não precisa de muita atenção. É preciso mostrar apenas alguma paciência e bondade para com as pessoas que estão viciadas numa certa moda. Mas eu considero de grande importância ir a fundo nas coisas, porque se não nos aprofundamos nenhuma forma litúrgica, essa ou aquela, pode nos salvar".

Assumo o relato de Dom Jan Graubner como autêntico e digno de crédito. É um bispo falando a uma rádio católica oficial (Radio Vaticano). Seria impensável que o bispo inventasse a história como forma de atingir o mundo tradicionalista ou de colocar os fiéis (e sacerdotes) ligados ao antigo rito contra o Papa.

De qualquer forma, essa é a declaração mais direta sobre o que pensa Francisco sobre a missa antiga. Antes tínamos apenas ataques velados, contra os católicos "pelagianos" ou reacionários. Agora temos algo concreto e direto, uma mensagem com destinatário certo.

Fico pensando - e creio que você também está pensando da mesma forma - como se sentirão os milhares de jovens seminaristas da Fraternidade São Pedro, IBP, Administração Apostólica, Inst. Cristo Rei e das pequenas comunidades religiosas tradicionais quando passarem os olhos nessas declarações. Será que o Papa pensa que empenharam sua vocação em algo tão tolo quanto uma modinha?

Francisco demonstra, como todo bispo latino-americano, um total desconhecimento do mundo católico para o qual Deus, por sua insondável providência, o chamou para ser Vigário. Francisco parte de um princípio muito simples - não compreendo, logo ignoro. Essa não é uma boa atitude pastoral, já que a moda agora, com Francisco, é ser pastoral.

A própria declaração - que a adesão à missa antiga é uma moda - é estúpida em si mesma. Moda é algo tão passageiro e efêmero que não se compatibiliza com o "fenômeno" da missa tradicional que dura mais de 40 anos. Alguém conhece alguma moda com quatro décadas de duração?

Bento XVI, esse professor e teólogo alemão com uma visão muito sim e não do mundo, para parafrasear o atual Vice-papa Cardeal Maradiaga, conseguiu compreender com muita clareza as intenções que conduziam jovens e velhos ao rito antigo. Não era um costume enraizado nos mais velhos ou uma moda nos mais jovens, mas uma verdadeira busca pelo sagrado que ultrapassa gerações e é, por natureza, universal (católico). Francisco, por sua vez, é minimalista até na compreensão, como são os bispos brasileiros, por exemplo. Eles perderam quase que por completo qualquer referência ao sagrado; para eles o rito da missa é só um rito, uma forma ou normativa que deve ser seguida. Não há uma realidade transcendente para eles, há apenas a lei.

Penso que agora a guerra contra a missa tradicional está (novamente) deflagrada. Os tradicionalistas tiveram 6 anos de relativa paz, mas agora é possível que suas capelas lhes sejam retiradas, que seus padres sejam transferidos e que suas reuniões proibidas.

Como eu já havia dito numa outra postagem, tentar unir Francisco com Bento XVI, demonstrando alguma "continuidade" entre os dois, é absurdo. Francisco foi eleito para revolucionar a Igreja e está fazendo exatamente isso com suas alocuções confusas, suas doutrinas econômicas cripto-marxistas, com a perseguição aos franciscanos da Imaculada, com o desdém pela missa antiga e pelos leigos a ela ligados, pelo enfraquecimento da cúria, etc.

Rezemos pela Igreja!

sábado, 1 de fevereiro de 2014

Para Braz de Aviz o passado da Igreja vai até o Vaticano II e só.

Durante uma conferência de imprensa para a apresentação do Ano da Vida Consagrada, a ser comemorado em 2015, o cardeal brasileiro - orgulho desta pátria verde e amarela - apresentou suas reflexões sobre o evento.


"Religiosas" americanas pró-aborto.
Braz de Aviz não se importa. Sejamos gratos.
"Esse Ano da Vida Consagrada foi pensado no contexto do 50º aniversário do concílio Vaticano II, e , em especial, por ocasião dos 50 anos de publicação do decreto conciliar ‘Perfectae Caritatis’, sobre a renovação da vida consagrada", explicou o cardeal Braz de Aviz.

"Acreditamos que o concílio tem sido um sopro do Espírito, não só para toda a Igreja, mas, talvez principalmente, para a vida consagrada. Estamos também convencidos de que, nestes 50 anos de vida consagrada empreendeu uma viagem frutífera de renovação - não livre, certamente, de dificuldades e sofrimentos - no compromisso de seguir o que o concílio solicitou dos consagrados: fidelidade ao Senhor, à Igreja , ao próprio carisma e as pessoas de hoje", prosseguiu o purpurado.

"Por esta razão", disse ele, "o primeiro objetivo do Ano da Vida Consagrada seria fazer uma recordação grata do passado recente ".

Barbara Marx Hubbard, evolucionista gnóstica e feminista
sendo idolatrada por "religiosas" nos EUA durante assembléia anual.
"Apenas diálogo, sem punição", pediu Braz de Aviz
Braz de Aviz, que não é e nem nunca foi um padre religioso ou um monge, tem uma receita infalível para conter a crise da vida consagrada - dar-lhe mais do mesmo! Não vou me deter demoradamente no tópico, mas é de conhecimento inegável que a vida consagrada entrou em crise, ou melhor, está em colapso justamente devido ao espírito que o cardeal enaltece e aponta como solução para a mesma derrocada. Em muitas partes do mundo, em várias dioceses, os religiosos estão velhos ou já não existem mais; o vigor do corpo lhes abandonou.

O que realmente desejo focar nesta pequena postagem, além do já destacado acima, seria a necessidade quase obrigatória, quando se fala de Vaticano II, de limitar a vida da Igreja a um período que vai da década de 60 até hoje. Nada mais (de bom) existe antes disso.

Braz de Aviz e Carballo, seu secretário, querem recordar com "gratidão" o passado. Mas atenção! É o passado recente! Ou seja, não se aventuram a regredir um pouco mais os ponteiros do relógio, voltando para as décadas de 30 ou 40, quando o termo "vida religiosa" encontrava sentido nos milhares de monges e monjas, frades e freiras espalhados por inúmeras comunidades, casas, monastérios, conventos, etc. Hoje não mais "vida", temos um "cadáver" religioso.

O Jesuíta Espanhol, Juan  Masiá Clavel,
pró-aborto. O secretário espanhol Carballo
não irá intervir? Nenhuma palavra até hoje...
É importante que tenhamos essa ilusão do "passado recente" e Braz de Aviz faz questão de mantê-la. O passado não tão recente nos envergonha porque mostra que a experiência desse "sopro do espírito" não deu muito certo.

O cardeal também afirmou que o ano da vida consagrada, com sua consequente recordação do passado recente, irá ajudar as congregações a superar "fragilidades e infidelidades". Voltamos nossa atenção para os Franciscanos da Imaculada, fortes e fiéis à Igreja, que estão sendo massacrados - fragilizados - por Braz de Aviz e forçados a uma postura infiel ao carisma da Ordem. O cardeal se contradiz no verbo e na práxis.

Resta saber quantas comunidades a menos a igreja terá até outubro de 2015. Seria interessante se a congregação comanda pelo brasileiro pudesse apresentar esses números no encerramento do evento. Vários blogs acompanham de perto o fechamento de conventos, a transferência de religiosos, o agrupamento de províncias, etc. e poderiam fornecer dados mais precisos e concretos do que este otimismo parvo que se apresenta nas conferências de imprensa.

As comunidades religiosas que ainda possuem membros ou estão envelhecidas, na casa dos 60 ou 70 anos, sem qualquer vocação significante ou se rebelam a olhos vistos contra a doutrina da Igreja e a autoridade do Papa e dos bispos. Não raramente é uma mistura dos dois cenários. Entretanto, quando alguma comunidade escapa a esta regra nefasta, encontramos uma fidelidade ao passado de sempre, à doutrina de sempre, ao Evangelho de sempre, enfim, uma comunidade radicada na fé, que gosta do hábito da ordem, da missa tradicional e do catecismo. Estas comunidades são vistas com desconfiança por Braz de Aviz e Carballo, que soltam-lhes os cães (Volpi).

Sejamos gratos, isso sim, ao heroísmo de alguns religiosos e religiosas que, por fidelidade ao carisma original da sua ordem ou instituto, sofrem perseguição. Esses religiosos, que usam o hábito e rezam de verdade, são mártires morais nas mãos da atual liderança misericordiosa. Rezemos por eles, que são um verdadeiro sinal do sopro do Espírito Santo, e por todos os outros que não cultivam essa verdadeira fidelidade!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...