sábado, 26 de novembro de 2011

Pe. Amorth condena yoga e Harry Potter

O padre Gabriel Amorth tem 86 anos, é chefe dos exorcistas no Vaticano há 25 anos, e segundo ele, já trabalhou em mais de 70.000 casos de possessão demoníaca. Também é o presidente honorário da Associação Internacional dos Exorcistas, fundada em 1990 por ele e outros religiosos.

Em uma entrevista durante o Festival Internacional de Filmes em Umbria, pouco antes da projeção do filme O Ritual, fez novas declarações polêmicas. Isso não é novidade para o padre que já disse que Hitler e Stalin eram possuídos pelo demônio e que o Diabo hoje “está no Vaticano”. Também alegou que os escândalos de abuso sexual envolvendo a Igreja Católica em vários países são prova de que o Anticristo está travando uma guerra contra a Santa Sé e vencendo.

O filme O Rito, do diretor Mikael Hafstrom e estrelado por Antony Hopkins, trata precisamente sobre o exorcismo e, em parte, é baseado na história do padre Gabriel.


“O diabo”, disse o padre exorcista, é essencialmente “um espírito puro criado por Deus, é um anjo”. Como os homens, também os anjos foram submetidos à uma prova de obediência, e Satanás – o mais brilhante dos espíritos celestes – se rebelou… A finalidade da existência dos demônios é “arrastar o homem ao pecado e trazê-lo para o inferno”.

O que é, então, impulsiona o homem a se aproximar dessa obra de autodestruição e condenação? Segundo o padre Amorth, o homem é sempre impulsionado pela “curiosidade”, uma inclinação que pode ser “positiva ou negativa dependendo das circunstâncias”. Para Gabriel, “O verdadeiro ‘triunfo’ do demônio, é que ele está sempre escondido e seu maior desejo é que não se acredite na sua existência. Ele estuda a cada um de nós, nossas tendências para o bem e para o mal, e depois suscita as tentações, aproveitando-se das nossas fraquezas”.

Ele insiste que nos dias de hoje há quase um “total esquecimento da figura do diabo que, assim, consegue os seus mais importantes sucessos”. Se a humanidade perdeu o sentido do que é pecado, é quase automático que passem a acreditar que “o aborto e o divórcio sejam uma conquista da civilização e não um pecado mortal”, explica Amorth.

Ao ser perguntado se Satanás atormenta mais ateus ou cristãos, o padre disse que o mundo pagão é mais vulnerável ao diabo do que o mundo cristão. Contudo, enfatiza, “é mais difícil que um ateu procure a ajuda de um sacerdote”. Gabriel disse já ter exorcizado “muçulmanos e hindus” e salienta: “Para os demônios não importa a crença ou a falta de crença da pessoa. Seja quem for, estou agindo em nome de Jesus Cristo e recomendo que depois de liberto ela pudesse conhecer quem é Jesus Cristo”.

Para ele, também são perigosas e desonestas as práticas orientais aparentemente inofensivas como a Yoga: “Você acha que está fazendo algo para relaxar, mas ela te leva ao hinduísmo. Todas as religiões orientais são baseadas na falsa crença da reencarnação”.

Seus pontos de vista pode parecer extremados, mas são apenas uma repetição de advertências anteriores feitas pelo Papa Bento 16, quando ainda era o cardeal Joseph Ratzinger e comandava a Congregação para a Doutrina da Fé, que se preocupa com a ortodoxia doutrinária. Em 1999, seis anos antes de se tornar Papa, Ratzinger emitiu um documento que advertia os católicos sobre os perigos de yoga, zen, a meditação transcendental e outros práticas ‘orientais’. Elas poderiam “tornar-se um culto ao corpo”, algo que degrada a oração cristã… A yoga pode criar uma sensação de bem-estar no corpo, mas ela isso não pode ser trocada pelas autênticas consolações do Espírito Santo”, diz o documento.

Mas o padre não criticou apenas a yoga, disse ainda que muitos ícones da cultura popular como os livros e filmes das séries Amanhecer e Harry Potter são nocivos à fé. De acordo com o exorcista, não passam de uma “mensagem publicitária da magia”, apesar de serem vendido “até mesmo em livrarias cristãs”.

Ele adverte que o demônio não age apenas com a possessão, mas também com o assédio, a obsessão e está presente em práticas ocultistas. Por isso o acesso a livros que falam sobre isso, como a série Harry Potter, não são menos perigosos… Parecem inócuos, mas de fato incentivam as crianças a acreditar em magia negra… Em Harry Potter, o diabo atua de maneira astuta e dissimulada, sob o disfarce de poderes extraordinários, feitiços e maldições…”

Encerrou dizendo que, em parte, existe uma omissão da Igreja sobre esses assuntos “há tempos nossos seminários não ensinam nada sobre anjos e demônios, nada sobre exorcismos e nada dos pecados contra o primeiro mandamento: “Não terás outro Deus fora de mim”, seja magia, espiritismo ou satanismo”.

Traduzido e Adaptado por Gospel Prime de Telegraph e Zenit

Papa nomeia arcebispo americano como novo embaixador na Irlanda

O Papa Bento XVI nomeou neste sábado o arcebispo americano Charles John Brown como seu novo embaixador na Irlanda, depois que o emissário anterior foi retirado do cargo durante uma disputa por um escândalo de pedofilia. Brown, de 52 anos, trabalha desde 1994 na Congregação para a Doutrina da Fé, o principal departamento do Vaticano que supervisiona o ensino da Igreja católica e que atualmente é responsável por investigar milhares de casos de abusos sexuais.

Neste sábado, o pontífice concedeu a Brown o título formal de arcebispo de Aquileia, um importante centro cristão primitivo no nordeste da Itália. O antecessor de Brown, Giuseppe Leanza, foi convocado em julho, depois da publicação de um informe sobre a Igreja Católica relativo a denúncias de abusos contra 19 clérigos na diocese de Cloyne (sul da Irlanda).

Este informe levou o primeiro-ministro irlandês, Enda Kenny, a acusar o Vaticano de "disfunção", de "elitismo" e de "desconexão", por não ter enfrentado os abusos sexuais contra crianças cometidos por sacerdotes.

A Irlanda, onde a maioria da população é católica, anunciou no início de novembro o fechamento de sua embaixada no Vaticano, apresentando esta iniciativa como um esforço para economizar dinheiro. Segundo as autoridades irlandesas, esta decisão foi tomada por razões econômicas, para reduzir gastos devido à crise financeira que atinge toda a Europa

Fonte: AFP/Terra Brasil

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Estranha pintura no Vaticano

Alguém poderia me explicar essa pintura?

Papa Bento XVI recebe membros do Fórum Católico-Ortodoxo

Ordenação Feminina (de novo)


Para a assembleia dos leigos católicos, estão na agenda do dia importantes questões no processo de diálogo dentro da Igreja, mas também sobre a crise europeia. Entrevistamos, a esse respeito, o presidente da ZDK (Comitê Central dos Católicos Alemães), Alois Glück.
A reportagem é de Christoph Schmidt, publicada no sítio Domradio.de, 17-11-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto. Fonte: IHU.

Eis a entrevista.

No início do diálogo na Igreja, o senhor disse uma vez que, se dentro de alguns anos não forem visíveis desenvolvimentos concretos, a resignação e a frustração vai se difundir, juntamente com um massivo abandono da Igreja por parte dos fiéis. Esse temor chegou aos bispos?

Há sinais encorajadores. O início do diálogo neste verão em Mannheim, do qual diversos bispos participaram, surpreendeu muitas pessoas positivamente, por causa da sua abertura. Estou otimista de que poderemos alcançar mudanças significativas na Igreja. Mas não imagino que haverá decisões concretas nos próximos dois, três anos. Atualmente, não se trata tanto de grandes inovações. O direito canônico ainda oferece, por exemplo, muitas margens de movimento até agora não plenamente exploradas para uma direção paroquial feita por equipes que envolvam tendencialmente leigos e padres.

Um ponto importante da reunião de vocês em Bonn será a deliberação sobre um documento sobre o lugar da mulher na Igreja. Até onde chegam as demandas?

O esboço do documento requer claramente o acesso das mulheres ao diaconato, o primeiro dos três ministérios ordenados. Precisamos urgentemente de uma maior participação das mulheres, porque elas trazem um carisma próprio e uma riqueza de experiência em determinados âmbitos da vida que faltam aos homens. Nos grupos representados no ZDK, existe um amplo consenso em favor disso. Corresponde à convicção cristã do sacerdócio comum de homens e mulheres, que todos possuem pelo batismo e a crisma.

Não está em discussão a ordenação das mulheres?

Pode ocorrer que cheguem intervenções nessa direção, mas, no documento, isso não está previsto. Acredito que, atualmente, a demanda do ministério ordenado para as mulheres pode ter um efeito polarizador e pode impedir reivindicações mais realistas. Entre os bispos, a rejeição do presbiterato feminino é unânime, e, além disso, seriam abordados problemas mais drásticos referentes à Igreja universal. O mesmo pode ser dito sobre a ordenação de homens casados. Não leva a nada experimentar isso só entre nós, na Igreja alemã local.

Pelo que se sabe, com relação ao diaconato das mulheres, alguns bispos têm uma posição mais aberta. Como o senhor avalia a composição do episcopado alemão?

Uma subdivisão entre bispos conservadores e bispos progressistas me parece muito esquemática. Dependendo do assunto, a composição dos grupos é diferente. O compromisso com o diálogo também é muito diferente nas várias dioceses, o que depende também do correspondente compromisso dos leigos. Isso é normal. De todos os modos, na minha opinião, é crescente a aceitação por parte dos bispos de diálogos abertos, sem temas tabus.

***

A ordenação de mulheres parece ser o grande tema do progressismo germânico, assim como a abolição do celibato é um tema recorrente na Inglaterra e na França.

O pronunciamento definitivo da Igreja sobre o assunto, com João Paulo II, parece estar num eterno "entre aspas". Muitos teólogos perderam o sentire cum ecclesia, perderam o chão sobre o qual trabalham os grandes temas teológicos. Por isso hoje não é incomum ouvir expressões como "fazer teologia" ou "produzir teologia", como se a Teologia Católica fosse um bem de consumo mutável e flexível, não suportando as exigências do Evangelho.

Há claramente um plano de destruição do sacerdócio católico tradicional, entendido pela Igreja como desejo de Cristo. E esse plano não se manifesta apenas nos pedidos ousados pelo sacerdócio feminino, mas é algo gradual. Longe de teorias da conspiração, podemos ver como, após a permissão de ter acólitas no serviço do altar, o número de vocações sacerdotais foi reduzido e, dessa forma, justificaria a necessidade por reformas no sacerdócio. Um erro para cobrir outro...

Tal processo aconteceu na Igreja Anglicana. Primeiro com a teologia feminista, de gênero, sendo inserida nas paróquias, com acólitas. Depois, a cada reunião geral do Anglicanismo (Lambeth), podemos ver como  a ordenação feminina foi evoluindo. A mesma conversa fiada de "diaconato feminino" foi usada para inserir a mulher na hierarquia, numa total oposição ao desejo de Deus. Um vez o diaconato feminino aprovado, segundo os teólogos anglicanos, não havia fundamento sólido para se negar o presbiterato ou episcopado. Foi nessa progressão, ou melhor, derrocada teológica, que hoje os anglicanos gozam de bispas em muitas das suas dioceses.


E os frutos? Segundo os novos "gurus" da teologia católica, a ordenação feminina permitiria (1) a maior participação da mulher na vida da Igreja porque "elas trazem um carisma próprio e uma riqueza de experiência em determinados âmbitos da vida que faltam aos homens" e (2) um crescimento vocacional e de serviço, já que muitas paróquias não contam com sacerdotes.

Aqui é preciso analisar os frutos obtidos com a ordenação feminina onde ela existe, ou seja, no mundo protestante. Em nenhuma comunidade protestante - anglicana, luterana, presbiteriana, metodista - houve essa "nova primeira" que prometem os defensores da ordenação feminina. Pelo contrário, houve cisma, diminuição de fiéis (a Igreja Episcopal norte-americana passou de 20 milhões de fiéis na década de 1960 para 2 milhões atualmente, ainda em queda contínua) e graves crises teológicas e pastorais.

É isso o que querem para a Igreja Católica? Acredito que sim, dado o empenho com que defendem esse absurdo.

Recomendamos, como não poderia ser diferente, a leitura da Ordanatio Sacerdotalis de João Paulo II, que diferente do que muita gente pensa, não é um documento sobre a ordenação feminina, mas sobre a ordenação reservada somente aos homens.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Vaticano planejaria reduzir dioceses irlandesas

Segundo reportou o "Catholic News", o colunista George Weigel estaria satisfeito com um relatório do Vaticano que, em resposta à crise provocada por denúncias de abusos de menores por padres, estaria pensando em remodelar a geografia das dioceses irlandesas.

Weigel afirma que, num país com uma população total de pouco mais de 4.5 milhões de pessoas, manter 26(!) dioceses é absurdo. Há aproximadamente 174 mil pessoas para cada diocese, no Brasil esse número é de 950 mil.

Como medida de contenção de gastos, devido à crise internacional, o governo Irlandês fechou sua embaixada junto à Santa Sé, o que foi visto por muitos como retaliação branca contra o Vaticano. Há no governo Irlandês uma sanha, alimentada pelos ataques ao clero através dos abusos de padres, para remover o espírito católico deste país da Europa, considerado uma coluna sólida da Igreja.

domingo, 20 de novembro de 2011

Pe. Marcelo sorteia bênção

Programa Domingo Legal, do SBT, irá sortear uma “bênção” do Padre Marcelo Rossi
O Padre Marcelo Rossi está participando de uma ação inusitada, promovida pelo programa Domingo Legal, apresentado por Celso Portiolli. O programa está anunciando o sorteio de uma bênção do Padre, e o ganhador terá sua casa e famílias abençoados por Marcelo Rossi.

Em recente entrevista à Revista Quem, o Padre Marcelo Rossi afirmou sentir presságios ao tocar as pessoas. “Se é bom aquilo que vejo, falo. Se é ruim, fico quieto e peço misericórdia”, afirma o Padre.

Fonte: Gospel mais (via leitor Paulo Thiago)

Bom, comentar o quê? O que mais pode ser dito a respeito do clero brasileiro? No geral é péssimo, mas sabemos alguns poucos se salvam (vide os padres presentes no II Encontro Sacerdotal Summorum Pontificum, por exemplo).

Quando o sacerdote é ordenado, suas mãos são consagradas para que ele abençoe em Nome de Deus. Por isso era (é?) comum que padres visitassem as casas e as abençoassem ou estabelecimentos comerciais, novas escolas, etc. Os moradores da zona rural tinham o costume de, quando comprado um trator novo ou um arado, pedir a bênção do padre para o objeto.

O que o "sorteio" da bênção está fazendo é (1) um ato de profanação do sagrado, (2) sacrilégio, já que há um tratamento no mínimo irreverente com o ato de abençoar e (3) idolatria, porque difere da benção nos casos que ilustrei acima, tornando-a uma "bênção do Pe. Marcelo". Qual a diferença entre uma bênção do Pe. Marcelo e a do seu padre da paróquia? No sentido católico, não há diferença, uma vez que o padre não é o agente principal, mas Deus. O que o SBT está fazendo é colocar o Pe. Marcelo no lugar de Deus.

Sabemos que alguns padres são mais santos que outros - não estou dizendo que este é ou não o caso - mas sabemos também que o bom católico não olha o sacerdote quando recebe uma bênção. Quando beijamos a mão de um sacerdote, não beijamos a mão do Pe. X ou do Pe. Y, mas as mãos de Cristo.

O que se arma na TV brasileira é, como bem definiu o Ricardo Feltrin da Folha, um "circo religioso" que tem como objetivo não a dimensão espiritual do brasileiro, mas ridicularizar a fé cristã. As grandes redes estão tornando a fé num objeto de consumo, dissecando o sagrado. E a fé católica é a primeira da lista neste grande plano, se podemos colocar dessa forma, de destruição do sagrado. Infelizmente alguns sacerdotes, talvez até com boa intenção, estão se prestando a este serviço, como idiotas úteis - desculpem a dura expressão.

Rezemos pela conversão desses padres, para que deixem de destruir a fé dos católicos!

Ir. Miria T. Kolling X Leigo Tradicionalista

O mundo musical católico nunca mais seria o mesmo após Ir. Miria T. Kolling ter abalado suas estruturas com sua canção "Sim, nós podemos", dedicada ao príncipe de ébano e ungido de Wall Street, Barack Obama. Ir Miria dividiu o curso da história com sua cançoneta.


Não importa se Obama é o expoente do governo mais anti-vida que existiu nos EUA. Não! Ou melhor "Sim!, nós podemos!..." passar por cima disso - da vida dos não-nascidos - para louvarmos o novo messias. Ir Miria nos ensina que o que importa é o amor... a Obama.

"Sim! Nós podemos!..." ignorar que a eleição de Obama vem causando forte constrangimento na Igreja nos EUA. Muitos bispos vêm sendo perseguidos por ativistas do partido democrata.

"Sim! Nós podemos!..." fazer ouvidos surdos ao programa de destruição familiar implantado nos EUA pelo governo Obama.

Entretanto algumas pessoas parecem não se importar com a canção de Ir Miria e resolvem escrever - pasmem! - sobre o Motu Proprio Summorum Pontificum!

Isso mesmo, aquele documento que permite, não sei se você sabe, uma missa onde as musiquinhas da Ir Miria não têm função alguma, dando lugar a um tal de "gregoriano". É nessa missa que todos os santos católicos foram moldados, você sabia? Me pergunto quantos santos as músicas da Ir Miria está ajudado a formar...

"Sim! Nós podemos!..." seria um bordão excelente para os católicos ligados ao rito extraordinário. "Sim! Nós podemos!..." ter essa magnífica liturgia, "Sim! Nós podemos!..." mesmo que você, bispo ou padre, não concorde. "Sim! Nós podemos!..." porque o Papa assim o diz.

Esse jovem rapaz britânico fez uma canção bem animada para comemorar o Motu Proprio. As rimas, é claro, fazem sentido apenas em inglês.



The Ballad of Summorum Pontificum
(Balada de Summorum Pontficum)

It was the 7th July 2007
Foi em 7 de julho de 2007
“The most beautiful day
O dia mais belo
This side of Heaven”
Neste lado do Paraíso

A treasure was released
Um tesouro foi lançado
The Mass of all Ages
A Missa de sempre
The Missal was closed
O Missal foi fechado
Now a Priest turns the pages
Agora o padre vira as páginas

So we kneel down and pray the Confiteor
Então nos ajoelhamos e rezamos o Confiteor
Now he’s facing the right way, towards the Lord
Agora ele está olhando para o lugar certo, para o Senhor
Ad Deum quit laetificat juvemtutem meum
Ad Deum quit laetificat juventutem meum
He turns around and the people say give us some more!
Ele se vira as pessoas dizem nos dê mais!

For over 50 years
Por mais de 50 anos
A Mass that lay hidden
Uma missa que permanecia escondida
Came out of the closet
Saiu do armário
No moth there had bitten
Nenhuma traça a havia mordido

No dust was upon it
Nenhuma poeira estava sobre ela
For this Mass is timeless
Pois esta missa é eterna
You can tell when you walk through the door!
Você pode dizê-lo ao atravessar a porta

You can hear the bells ring out thrice at the Sanctus
Você pode ouvir o sino tocar três vezes no Sanctus
He turns around and he says "Oratre Fratres"
ele se vira e diz "oratre fratres"
Priest and people pray Domine non sum dignus
O Padre e as pessoas rezam o Domine non sum dignus
And the people say give us some more
E as pessoas dizem nos dê mais

Some more
Mais
Summorum Pontificum!
Summorum Pontificum!
Gimme some more, some more
Nos dê um pouco mais, um pouco mais
Gimme some more
Nos dê um pouco mais
Some more
Um pouco mais
Summorum Pontificum!
Gimme some more, some more, give us some more!
Nos dê um pouco mais, um pouco mais, um pouco mais!

Ecce Agnus Dei qui tollis peccata mundi
Now we can hear the words ring out
Agora podemos ouvir as palavras
Every Sunday
Todo o domingo
The Latin Mass is back
A missa latina está de volta
Put your guitars on the floor
Abaixem suas guitarras
We have Communion kneeling and on the tongue
Nós temos comunhão de joelhos e na boca

All ages they pass
Todas as gerações passam
All ages they vary
Todas as eras variam
The Mass of Ages belongs
A Missa de Sempre pertence
In our seminaries
Aos nossos seminários

Our Bishops they don’t want it
Nossos bispos não a querem
Oh if only they could
Oh se eles apenas pudessem
Say “God bless our Pope
dizer "Deus abençoe nosso Papa
The great and the good!”
o grande e bom!"

Some more
Mais
Summorum Pontificum!
Summorum Pontificum!
Gimme some more, some more
Nos dê um pouco mais, um pouco mais

Some more
Mais
Summorum Pontificum!
Summorum Pontificum!
Gimme some more, some more
Nos dê um pouco mais, um pouco mais
Gimme some more!


The Mass that brings sinners
A missa que conduz os pecadores
To the Fountain of grace
à fonte da Graça
The Mass that made martyrs
A missa que fez os mártires
Embrace their pains
Abraçarem suas dores
The Mass that brought hope
A missa que trouxe esperança
To the poor and abandoned
Aos pobres e abandonados
Finding in Jesus (bow head)
Encontrando em Jesus (incline a cabeça)
The perfect Companion
A perfeita companhia
But that Mass is back (back)
Mas esta missa está de volta (de volta)
To liberal dismay
Para o desgosto do liberal
That Mass is back (back)
Esta missa está de volta (de volta)
To liberal dismay
Para o desgosto do liberal
That Mass is back (back)
Esta missa está de volta (de volta)
To liberal dismay
Para o desgosto do liberal
That Mass is back (back)
Esta missa está de volta (de volta)
You might find one today!
Você pode encontrar uma hoje!

Some more
Mais
Summorum Pontificum!
Summorum Pontificum!
Gimme some more, some more
Nos dê um pouco mais, um pouco mais
Gimme some more!
Dê um pouco mais!

Some more
Mais
Summorum Pontificum!
Summorum Pontificum!
Gimme some more, some more
Nos dê um pouco mais, um pouco mais
Gimme some more!
Dê um pouco mais!
( x 2)

It was the 7th July 2007
Foi em 7 de julho de 2007
“The most beautiful day
O dia mais belo
This side of Heaven”
Neste lado do Paraíso


Como diria a Ir Miria - profeticamente - "Sim, nós podemos!..."

sábado, 19 de novembro de 2011

Foto do Dia - Símbolo do Episcopado Moderno



Mais uma vez o Arcebispo de Westminster é tomado pelo espírito inter-religiosos e descamba em se deixar abençoar por "sacerdotes" de cultos pagãos, neste caso do Zoroastrismo. Lembramos que em anos anteriores o arcebispo, tido por muitos como conservador, deixou-se abençoar por sacerdotes de cultos hindus.
É fato que o arcebispo Vincent Nichols permitiu uma aplicação mais generosa do Motu Proprio Summorum Pontificum em sua diocese e em toda a Grã-bretanha, onde exerce tremenda influência. É fato que ele vem ajudando consideravelmente o Ordinariato para ex-anglicanos, proposto pelo Papa Bento XVI e detestado pelos ecumenistas da Inglaterra.
O triste retrato do episcopado moderno, que não sabe se ascende uma vela para Deus ou para os ídolos.




 



sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Diocese Americana Compra Mega-templo Protestante

Ela é imensa, icônica, moderna e custou mais de US$ 57 milhões. Estou falando da "Christal Cathedral", ou, em bom português, "Catedral de Cristal".

A Catedral de Cristal  é uma megaigreja protestante estadunidense localizada em Garden Grove, na Califórnia. A catedral é um projeto do arquiteto Philip Johnson e foram usados cerca de 10.000 painés de vidro na construção, que pode abrigar cerca de 2.736 pessoas sentadas.
A Catedral de Cristal é considerada um ponto turístico da Califórnia, ao lado de estruturas como a Ponte Golden Gate e o Sinal de Hollywood
. (Wikipedia)

Era a sede um verdadeiro império pentecostal, que agora desmorona frente a uma grave crise financeira. A diocese de Orange, católica, que adquiriu a propriedade e outras dependências pela bagatela de US$ 57 milhões. Segundo o bispo de Orange, Dom Tod Brown, a catedral deverá servir aos 1.2 milhões de católicos da sua diocese. Sobre a arquitetura, típica do espírito pentecostal midiático norte-americano, Dom Brown afirmou que

"Vamos obter um arquiteto renomado para renovar esse edifício para que ele seja um lugar adequado para o culto católico. Mas não temos intenção de mudar o exterior do edifício".

Bispo Brown afirmou estar devastado pelo sentimento de perda dos fiéis (protestantes), expressando seu grande respeito pelo ministério desenvolvido no templo ao longo dos anos. Os fiéis, por sua vez, estão desolados pela venda da propriedade "à Igreja Católica".

Quantas igrejas ou capelas, com arquitetura católica, poderiam ser construídas com US$ 57 milhões de dólares? Minha dioceses, que goza de um número de católicos igual ou superior ao da Diocese de Orange, precisaria de, no mínimo, 20 anos para juntar igual soma. Num país onde a missa-show já tem palco, é necessário adquirir mais um? Para este blogueiro o espaço, embora belo como arquitetura, não é nada mais do que um palco com fundo religioso.
Abaixo as fotos dessa "boa" aquisição.






terça-feira, 8 de novembro de 2011

Freiras Anglicanas recebidas na Igreja Católica

A Arquidiocese de Baltimore acrescentou uma nova ordem religiosa feminina nesta terça-feira, sua primeira em décadas e que começou como uma comunidade anglicana.

As Irmãs de Todos os Santos dos Pobres (All Saints' Sisters of the Poor) deixaram a Igreja Episcopal para a Igreja Católica Romana há dois anos. Por um decreto do Vaticano elas já formam um priorado oficial diocesano (sic),ou ordem, a mesma designação feita pelas Irmãs da Escola de Notre Dame ou Filhas da Caridade.

"Nós sentimos que marcamos a história", disse a madre Christina Christie, líder da comunidade e freira desde 1966.

Ontem, Dia de Todos os Santos, na Basílica do Santuário Nacional da Assunção da Bem-Aventurada Virgem Maria, todos os 10 membros do convento Catonsville individualmente professaram os votos de pobreza, castidade e obediência "para o resto da minha vida neste mundo" . Então, cada um assinou a sua profissão no altar antes de quase duas dezenas de padres e bispos.

O Arcebispo Edwin F. O'Brien escolheu 01 de novembro, dia patronal das irmãs, para receber oficialmente a comunidade para a arquidiocese.

"Este é um grande dia e um grande presente para a igreja em Baltimore", disse O'Brien à congregação. "Poucos bispos tiveram essa oportunidade."

As irmãs e seu capelão, que foi ordenado padre católico em junho, se sentiam "caminhando cada vez mais distantes da estrada mais liberal em que a Igreja Episcopal está viajando", disse Christie. Um dos fatores que consideraram em sua decisão de deixar a fé [anglicana] foi a decisão dos líderes da Igreja Episcopal para sancionar a ordenação de homens e mulheres homossexuais.

Várias vezes durante a missa, O'Brien elogiou a "longa jornada de fé," que ele disse," não foi sem sofrimento. "

Freiras de várias ordens diferentes na arquidiocese compareceram ao serviço para apoiar as suas novas irmãs.

"Estamos felizes depois de tantos anos de saber que elas estão se juntando a nós", disse a irmã Concetta Melton das Irmãs Oblatas da Providência, cujo convento é praticamente um vizinho de Todos os Santos.

Para a mais nova comunidade, será como sempre foi em suas vidas de oração e de serviço, disse Christie. Agora que elas são um instituto religiosa oficial, elas podem voltar a abrir o seu noviciado e acolher as novas candidatas a sua comunidade. Desde a sua mudança de denominação, elas recebem várias perguntas, disse ela.

"Nós não estamos esperando uma corrida louca para se juntar a nós", disse ela. "Mas vamos tomar aquelas que Deus nos envia".

A volta do manipulo

Recentemente (2/11), explicando as minhas considerações sobre o enriquecimento da forma ordinária pela forma extraordinária. Num texto seguinte, mostrando as fotos da ordenação (forma ordinária) de um sacerdote pelas mãos do bispo de Oslo. Nesta ordenação, escrevi:

Parece que não é apenas o aspecto exterior da liturgia renovada que começa a mudar, mas seu aspecto interior, através da (re)incorporação de elementos teologicamente significativos e tradicionais.
Seria um apelo ao retorno de outras vestimentas, como o manipulo, por exemplo?
E parece que sim, esse apelo ao retorno do manípulo surtiu efeito (é claro que não considero que este texto seja um "apelo" nem que tenha sido ouvido ou considerado...).

O cardeal prefeito emérito da Congregação para Causa dos Santos, Dom José Saraiva Martins, finalizando uma reunião de estudos sobre a vida dos santos, em Ferrandina na Itália, celebrou a nova liturgia com paramentos e espírito da antiga. Inclusive o manípulo, paramento em desuso, volta em cena no Novus Ordo.



Manípulo presente na forma ordinária
Esquecido, sim. Proibido, não!


Alguns podem dizer "isso não é o bastante!" ou "isso não tem sentido". Conceitos fragmentados não parecem inibir alguns cardeais. E ninguém poderia acusar o cardeal Saraiva Martins de "carreirismo", porque a "carreira" dele dentro da Cúria já acabou

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Ordenação na Forma Ordinária

Através do blog Acción Liturgica, recebemos algumas fotos da ordenação (Novus Ordo) de um sacerdote, membro da Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, pelas mãos do bispo de Oslo.
Reparem na estola "cruzada", algo típico da forma extraordinária, abandonada (proibida?) pela reforma bugniniana.
Parece que não é apenas o aspecto exterior da liturgia renovada que começa a mudar, mas seu aspecto interior, através da (re)incorporação de elementos teologicamente significativos e tradicionais.
Seria um apelo ao retorno de outras vestimentas, como o manipulo, por exemplo?








Bispo brasileiro recebe prêmio da Human Life International

Human Life International (HLI) concedeu o Prêmio Cardeal Von Galen ao Bispo de Guarulhos (SP), Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, nesta quinta-feira, 3. O reconhecimento é por sua atitude heroica no cumprimento do ministério episcopal, "ao enfrentar o desagrado de tantos que promovem a cultura da morte".

A entrega da homenagem aconteceu durante o II Congresso Internacional pela Verdade e pela Vida pelas mãos do presidente da HLI, padre Shenan Boquet.
O Prêmio é concedido pela HLI, em nome de associações católicas pró-vida de mais de 80 países do mundo, a personalidades – especialmente bispos –  que se destacam na defesa da sacralidade da vida, conforme os ensinamentos católicos.
"É sempre uma ajuda, entusiasmo. Sou agradecido por essa homenagem e por perceber que o trabalho que a gente fez não foi em vão", afirma Dom Bergonzini.

O bispo destaca que está satisfeito com seu trabalho à frente da diocese paulista, missão que está prestes a concluir, ao completar 75 anos e, conforme o Código de Direito Canônico, pedir a renúncia ao Papa.


O Prêmio

 
O Prêmio leva o nome do Bem-Aventurado Clemens August von Galen (1878-1946), que foi Bispo de Münster (Alemanha) durante a era nazista. Levantou sua voz em defesa dos pobres e dos doentes, protestando contra a eutanásia, a perseguição dos judeus e a expulsão dos religiosos.
 
Por causa de sua coragem, ficou conhecido como o “Leão de Münster”. O lema que escolheu quando foi eleito bispo foi “Nem elogios nem ameaças me distanciarão de Deus”.
 
O cardeal Von Galen demonstrou coragem ao enfrentar os nazistas, desvelando a verdade sobre a ideologia do nazismo, defendendo a liberdade da Igreja e das associações católicas, bem como a educação religiosa. Acusou abertamente o nazismo de discriminação contra os cristãos, os quais eram encarcerados e assassinados. Condenou outros abusos do governo totalitário, lutou pelo direito à vida e denunciou de modo veemente o massacre das pessoas deficientes físicas e mentais consideradas “inúteis”.
 
O referido Prêmio é acompanhado de uma doação de mil dólares, para ajudar de algum modo o trabalho pastoral do agraciado.

O último brasileiro a receber a homenagem foi o Arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, em 2009.



Fonte: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=284173

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Enriquecimento da Forma Ordinária

Bento XVI, antes, como cardeal e teólogo, e depois, como Papa, defende que a forma precedente da liturgia - hoje conhecida como forma extraordinária - seria capaz de exercer um efeito benéfico na forma ordinária.

É fato que, além de diferenças teológicas profundas e pontuais, o rito moderno é extremamente flexível, bem diferente do "rubricado" rito tridentino. É fato também que essa flexibilidade permitiu, e ainda permite, aos sacerdotes introduzir - lícita ou ilicitamente - práticas questionáveis dentro da liturgia. Um exemplo da introdução lícita é a comunhão na mão; embora tenha começado de forma ilícita, tornou-se um indulto aplicado quase que universalmente na Igreja, contribuindo para muitos sacrilégios. Os exemplos ilícitos seriam as missas com fantoches, com elementos da macumba, missas gaúchas, etc.

Podemos dizer que o Novus Ordo é, do ponto de vista das rubricas, uma folha em branco. E foi feito dessa forma intencionalmente, pela comissão comandada pelo Mons Bugnini. Havia o desejo não só de livrar o rito romano das suas raízes católicas - consideradas por Bugnini um elemento divisor no ecumenismo - mas também de diminuir os gestos e o "pesado" legalismo do rito, removendo as várias genuflexões, os sinais da cruz, etc.

Não é segredo para ninguém que Bento XVI, através da cunhagem de termos novos como "hermenêutica da continuidade e da ruptura", "reforma da reforma", "forma ordinária e extraordinária", vem oferecendo ao mundo católico a possibilidade de começarmos a corrigir os abusos.

Uma delas seria, pelo maior contato com a forma antiga, a forma moderna se beneficiar da "Ars Celebrandi" tradicional. Ou seja, rezar o Novus Ordo com a mesma mentalidade que se rezava o Vetus Ordo.

Podemos colocar o problema litúrgico latino em dois grandes planos: externo e interno. No plano externo encontram-se aquilo que está sujeito aos sentidos de forma imediata como, por exemplo, a vestimenta, a música, o uso ou não do incenso, as rubricas, a forma de receber a comunhão, etc. Internamente encontramos a essência teológica da missa, seu sentido dogmático.

A crise do Novus Ordo está profundamente ligada aos dois campos. Seria como, para fazermos uma comparação, um iceberg. No iceberg vemos uma pequena parcela do seu tamanho real, que emerge, mas o restante continua submerso, quase inacessível ao observador ordinário. Do mesmo modo, no rito moderno, as manifestações exteriores são um pequeno sinal de uma crise interior muito profunda, compreendida apenas quando dispomos de ferramentas (estudo histórico e teológico) adequadas.

Assim, compreender a missa sertaneja, por exemplo, como sendo apenas um abuso litúrgico - corrupção do plano externo - é um erro primário. Precisamos mergulhar e descobrir que tipo de pensamento conduziu à missa sertaneja.

O grande risco de nos apegarmos apenas aos belos paramentos, ao uso do incenso ou do latim, seria reduzir a dimensão litúrgica unicamente ao seu plano exterior; tornar-se-ia legalismo superficial. Há mais na liturgia, como sublinhei, que a sua dimensão material objetiva.

Então - argumentaria aquele que defende a invalidade do rito moderno ou sua natural indigência frente à Tradição - enriquecer o Novus Ordo seria uma tentativa legalista inoportuna ou mesmo inútil, pois não trataria o grande problema deste rito, que se encontra no seu plano interior, submerso por uma "nouvelle theologie" que se apoderou do movimento litúrgico.

A resposta para tal afirmação seria complexa. Primeiro, é preciso ter em conta que a liturgia é moldada pela ação do Espírito Santo, sendo um dom sobrenatural para a Igreja, pois é o próprio Deus quem nos diz como Ele deseja ser adorado. É evidente que o culto divino e a santificação do povo, que é um dos seus frutos, é desejada por Deus, não sendo, portanto, uma criação humana.
Entretanto, a liturgia também recebe a influência das devoções e piedades, do contexto histórico (veja as missas celebradas nas catacumbas de Roma e os grande pontificais do século XV). Tais influências atuam eminentemente no aspecto mais superficial da liturgia, não mudando sua natureza.

Outra questão importante é a centralidade da liturgia em Deus, que difere o culto da Igreja da idolatria, que é o centrar-se num ídolo. Dessa forma podemos afirmar que a liturgia da Igreja é divina e teocêntrica por natureza e excelência.

A questão que deveríamos nos perguntar seria: o rito moderno é, por natureza e excelência, um rito teocêntrico e divino?  Os críticos do Novus Ordo partem de um princípio de observação superficial, ou seja, olham o cume do iceberg e não o que está submerso e produzem uma rápida resposta a esta indagação, ao meu ver não suficientemente refletida.

É verdade que, desde o Concílio Vaticano II, a centralidade no homem (antropocentrismo) tomou o lugar do teocentrismo e isso, naturalmente, reflete na liturgia. O que vemos hoje, a revelia do que é prescrito pela Lei da Igreja, é o triunfo de uma mentalidade mundana no rito oriunda sobretudo da negligência dos bispos, já que eles são os primeiros vigilantes da liturgia.

Se a razão deste triunfo antropocêntrico é o Vaticano II, a culpa deve ser compartilhada entre os Papas Pio X, Bento XV, Pio XI e Pio XII, pois os bispos presentes no Concílio não foram sagrados especialmente para o Concílio, pelas mãos de João XXIII, mas o foram pelos seus predecessores. Assim, se admitimos que o Vaticano II é uma apostasia, sejamos igualmente honestos em onerar e culpabilizar os Papas do passado por essa situação. E se seguirmos esse raciocínio, poderíamos igualmente chegar a responsabilizar o próprio apostolo Pedro.

Podemos admitir que mais de 2000 bispos reunidos, invocando a assistência do Espírito Santo, tenham, deliberada e intencionalmente, traído a Igreja, apostatando a sua fé? 2000 bispos que, meses antes do Concílio, defendiam os dogmas de Niceia, Trento e do Vaticano I, pregavam o catecismo e diligentemente conduziam as suas dioceses poderiam tê-lo feito?

Alguns argumentariam que havia, durante o Concílio, uma minoria hábil em manipular a maioria silenciosa. Isso não é de todo incorreto e de fato aconteceu. Mas se o Concílio representasse, em si mesmo, essa terrível apostasia, como eles não poderiam tê-lo visto?

Os críticos do Concílio e do Novus Ordo não raramente desejam um regresso aos tempos idos da primeira metade do século XX, onde, segundo eles, a Igreja triunfava em esplendor e ortodoxia. Pois os bispos que conduziam essa Igreja triunfante foram exatamente os mesmos que, segundo esses críticos, afundaram a barca de Pedro num lamaçal modernista. Como isso foi possível?

De fato, compreender se o Concílio Vaticano II, embora apresentando sérias dificuldades e sendo alvo de justas críticas, foi ou não a gênesis de uma nova Igreja antropocêntrica é fundamental para que respondamos se enriquecer o rito moderno é ou não adequado.

Para justificarmos que 2000 bispos tenham apostatado sua fé durante o Concílio Vaticano II, precisamos usar uma série de arcabouços teológicos inéditos que jamais foram ratificados pelo Magistério da Igreja. Precisamos colocar as promessas de Cristo a Sua Igreja entre parenteses ou afirmar que a Igreja, conservada por séculos na sua universalidade e reta doutrina, existe apenas em determinadas comunidades.

Tais arcabouços não nos oferecem uma resposta adequada, mas apenas mais motivos para desespero. Eles podem ser usados para justificar qualquer coisa, desde a insubordinação até o esvaziamento da Cátedra de Pedro e, por conclusão, o perecimento da Igreja. Caímos assim no mesmo erro protestante, pois como saber se a comunidade a que pertenço é onde reside a Igreja? Como ter certeza irrefutável e absoluta, se a única certeza (que a Igreja Católica, com a Sé em Roma é a verdadeira e única Igreja de Cristo) foi refutada e relativizada?

Mas é oportuno notar que tanto os defensores radicais do concílio quanto seus opositores radicais encontram-se muito mais próximos uns dos outros do que da Igreja Universal. Encontram-se próximos na visão - até o momento condenada pelo Papa como "espírito do concílio" - que o Vaticano II é a gênesis da nova igreja. Para que um exista é necessário que o outro também exista.

É importante frisar que o Concílio (Vaticano II) nos trouxe uma nova perspectiva e que sua linguagem, dada a conciliar posições contrárias em busca de consenso, resultou em problemas sérios para Igreja. Michael Davies falava em "bombas-relógio" dentro dos textos do Concílio, indicando que as mesmas poderiam (ou não) explodir em afirmações contraditórias. Davies, entretanto, nunca negou o lugar do Vaticano II, nem afirmou o mesmo como sendo o resultado de uma apostasia pretendida pelos Padres.

A leitura do Santo Padre Bento XVI, afirmando que a Igreja deve continuar com a Tradição e que o Vaticano II deve ser lido dessa maneira, encontra resistências de um lado e de outro (novamente denotando a dependência reciproca entre as duas partes). Alguns afirmam que não é apenas um problema com o espírito do Concílio, mas também com sua letra, ou seja, os textos do concílio apresentam problemas. A Hermenêutica da Continuidade não ignora tal problema e também ela nos apresenta momentos de esclarecimento quanto a letra, levando a um entendimento católico do espírito (vide a Nota Previa sobre a colegialidade, que satisfez os membros do Coetus Internationalis Patrum).

O Novus Ordo pode ser considerado uma tabula rasa, criado a partir de consensos, mas que, no final, não conseguiu agradar ninguém. Não agradou aos radicais de direita, porque estes viram nele elementos demasiado modernistas ou protestantes. Não agradou os radicais da esquerda porque não viram nele todos os elementos modernistas ou protestantes.

Mas, retomando nosso questionamento original, poderia o Novus Ordo ser enriquecido pelo espírito da antiga liturgia? Responder isso é responder se a Hermenêutica da Continuidade é possível ou não.

A deficiência nas rubricas do Novus Ordo, que é uma fresta por onde muitas vezes a fumaça de Satanás pode entrar no templo de Deus, permite também que a sua expressão exterior seja revestida daquela mesma sacralidade presente na antiga liturgia (por uma fresta pode passar fumaça ou luz). Compreendendo que o rito é válido, ou seja, quando preenchidos os requisitos para que a missa seja válida (matéria, forma, intenção, ministro válido), podemos ter uma liturgia externamente muito mais próxima da liturgia anterior.

À luz da Hermenêutica da Continuidade não apenas o aspecto externo (gestos, latim, reverência, etc) se modifica, como uma luz que ilumina a escuridão, mas também o aspecto mais profundo do Novus Ordo começa a se transformar.

Quando as péssimas traduções são eliminadas, os artifícios humanos são removidos e a liturgia (nova) encontra seu rumo e sua direção teocêntrica, temos uma conversão entre o novo e o velho e, somente aí, há espaço para o enriquecimento autêntico e frutuoso.

Todo enriquecimento dos elementos externos da liturgia reformada é inútil e fútil se não for uma manifestação de um enriquecimento interior e profundo. Tal enriquecimento interior começa com a escuta da palavra da Igreja, da sua voz e da sua Tradição.

Podemos afirmar que, após o Motu Proprio Summorum Pontificum, a antiga liturgia tornou-se o principal instrumento da Hermenêutica da Continuidade capaz de, pelo contato, preencher o novo rito. Por isso o Papa faz claramente o apelo aos bispos, para que esta liturgia esteja disponível a todos e estes, por sua vez, fazem ouvidos surdos a ele e se lhe impõem tamanha resistência.

O melhor bem que podemos oferecer para a Igreja Universal é lutar para que a liturgia encontre, em todos os lugares, sua orientação a Jesus Cristo. Isso não descarta o enriquecimento da forma ordinária, como forma da mentalidade católica ser restabelecida, mas passa quase obrigatoriamente por ela. De fato, o retorno a um catolicismo verdadeiro praticado em todas as paróquias não será conseguido apagando o Concílio ou Novus Ordo da história, já que a Igreja não dispõe de poder suficiente para alterar eventos passados ou erradica-los da linha do tempo.

Todas as soluções fáceis tem sua atraente, mas enganosa beleza. Após o Concílio pensou-se, ingenuamente, que haveria uma primavera na Igreja. Isso não aconteceu com o período pós-conciliar de Niceia ou Éfeso, nem mesmo após os concílios de Trento e do Vaticano I. Antes, após os concílios a Igreja enfrenta terríveis dificuldades, como cismas e rebeliões.

Escutar, rezar e obedecer a Igreja, eis o nosso único caminho, a nossa única via de conversão do mundo, ainda que signifique, por algum motivo, sofrer. O ensino tradicional da Igreja nos ensina o valor do sofrimento; tal valor não pode ser mensurado por aqueles que, enganados por falsas soluções, embriagaram-se no absinto do progressismo ou estão alucinados pelo ópio do falso tradicionalismo.
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