sexta-feira, 29 de julho de 2011

Deputado compara Cristãos ao Atirador da Noruega

Jean Wyllys compara cristãos do Brasil com atirador da Noruega que matou dezenas de jovens.

O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), que notoriamente já tem se mostrado real inimigos dos “cristãos fundamentalistas”, como sempre ressalta ele, postou um texto em sua coluna para Carta Capital, trançando um paralelo entre a atual situação do Brasil de embrolhos políticos com o massacre praticado na Noruega.

Jean Wyllys, destaca em seu texto o fato do terrorista ‘Anders Behring Breivik’ se declarar cristão e afirma que este não é apenas um problema norueguês. “Em todo o Ocidente, a direita religiosa tem ganhado força e se expressado da maneira mais assustadora possível, ao menos para pessoas pautadas por princípios humanistas e minimamente a par das conquistas da ciência no último século”, diz ele.

Na visão de Jean Wyllys, quanto maior a ligação do Estado com a religião, mais este terá problemas em sua gestão. [o Estado deve apenas gozar de uma ligação com o movimento gay, certamente... Para os defensores da agenda gayzista, varrer a religião da esfera pública, sobretudo o cristianismo, é tarefa primeira da agenda]

Segundo ele, a Noruega está entre as sociedades menos religiosas do mundo e em contrapartida, indicadores da ONU a apontam como uma das mais saudáveis (em expectativa de vida, renda per capta, igualdade entre sexos, etc) [então, ligar o extremismo do louco atirador norueguês é um argumento que, nas palavras do nobre deputado, não encontra fundamento e mostra o nível do discurso do parlamentar.] . O Deputado completa sua [contraditória] análise ressaltando que se nesta sociedade de bem estar-social, o cristianismo fundamentalista levou a Andres Behring Breivik praticar o massacre em Oslo [o cristianismo? Espera um pouco! Agora o atirador virou, para satisfazer o sr. Willys, um fervoroso cristão! O argumento é tão estapafúrdio, tão ridículo que não merece comentários], imagina o que poderá acontecer no Brasil, que segundo ele hoje as crenças dos cristãos conservadores tem exercido grande influência sobre o discurso público.

Algo disso já podem ser observados por aqui, como no recente massacre perpetrado por um cristão fanático na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, subúrbio do Rio de Janeiro [mas ele não era muçulmano? Não foi testemunha de Jeová? Ou agora Jean Wyllys virou o 'conversor dos loucos atiradores', transformando qualquer terrorista em 'cristão fundamentalista'], no qual a velha mídia optou por não dar ênfase ao seu fanatismo cristão. Também está presente nas campanhas difamatórias orquestradas e tocadas por cristãos fundamentalistas nas redes sociais contra aqueles que defendem os direitos dos homossexuais e dos adeptos da umbanda e do candomblé, a legalização do aborto e a laicidade do Estado brasileiro. (Deputado Jean Wyllys – Carta Capital)

Em sua coluna compartilha que além das campanhas que segundo ele buscam o difamar, também recebe ameaças de morte de pessoas que se identificam como “transformadas por Cristo” justificando sua intolerância com versículos bíblicos [e nunca vimos isso na imprensa, que normalmente faz um estardalhaço quando alguma notícia envolvendo agressão a homossexuais acontece].

O texto publicado nesta quinta-feira (27/07/2011) é mais uma exposição da revolta que o deputado tem contra o cristianismo. Ao final faz um apelo a cristãos para unirem-se as religiões minoritárias e aos ateus para agirem contra os atos e convicções da então nomeada direita cristã fundamentalista.

Fonte: Gospel+
Destaques e comentários meus.

Mais uma vez é interessante notar como são intolerantes os tolerantes!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Arqueólogos dizem ter descoberto o túmulo do apóstolo Filipe

Fonte: AFP

ANCARA, Turquia — Uma equipe de arqueólogos dirigida pelo italiano Francesco d'Andria afirmou ter encontrado na cidade turca de Pamukkale, antiga Hierápolis (oeste), o túmulo de São Filipe, um dos doze apóstolos de Jesus, informou nesta quarta-feira a agência Anatólia.

"Tentamos encontrar há anos o túmulo de São Filipe. Finalmente a encontramos entre os escombros de uma igreja que escavamos há cerca de um mês", explicou o arqueólogo, acrescentando que a tumba ainda não foi aberta.

"Um dia será aberta, sem dúvida. Esta descoberta é de grande importância para a arqueologia e o mundo cristão", afirmou ainda.

Originário da Galileia, atual Israel, Filipe foi um dos discípulos de Cristo. Teria viajado para evangelizar as regiões da Ásia Menor, teria sido lapidado e depois crucificado pelos romanos em Hierápolis, na Frígia.

A atual Pamukkale é um local turístico conhecido por suas águas termais, suas rochas sedimentares e sua pedra calcárea branca, de onde vem o nome da cidade, que significa em turco "castelo de algodão".

terça-feira, 26 de julho de 2011

Sacerdote agredido na Itália por celebrar missa tradicional

Itália: Sacerdote agredido fisicamente. O motivo? Celebrar a missa tradicional

Fonte:MEUM MIHI SECRETUM

Destacou a primeira página do jornal "Il Giornale Della Toscana" de 26/07/2011; o pároco de San Michele a Ronta (Florença), Itália, Pe. Hernan Garcias Pardo, sacerdote italo-argentino foi agredido na útlima quarta-feira por um fiel, o que lhe causou ferimentos nas costas, na presença de sua mãe e irmãs.

O sacerdote, que desde há algum tempo vem sendo alvo de críticas por um grupo de fiéis porque havia retornado a celebrar a Santa Missa conforme o rito tradicional (forma extraordinária). "Você tem sido forte, mas lhe arrancaremos a cabeça, seu amigo Satanás", foi um dos tantos recados e ameças enviadas previamente ao Pe. Garcia Pardo.

Após a agressão o sacerdote foi levado ao hospital de Borgo San Lorenzo onde recebeu os cuidados necessários. O agressor do sacerdote foi denunciado a polícia.

domingo, 24 de julho de 2011

Cardeal Noè faleceu


Comunicamos o falecimento do Cardeal Virgilio Noè, presidente emérito da Fábrica de São Pedro.
Com 89 anos e lutando contra uma grave enfermidade, o cardeal celebrou recentemente 20 anos de cardinalato, tendo servido a Igreja como bispo por 29 anos.
Dom Noè afirmou, num encontro com o padre John Zuhlsdorf, que a famosa frase de Paulo VI - "a fumaça de Satanás entrou por alguma fresta no templo de Deus" - se referia precisamente aos abusos litúrgicos que ocorriam em larga escala.
O cardeal Noè foi cerimoniário dos Papas Paulo VI, João Paulo I e João Paulo II, tendo sucedido ao então Pe. Annibale Bugnini na função.
Segundo Dom Bernard Fellay, durante o Jubileu do Ano 2000, na peregrinação da FSSPX a Roma, como presidente da Fábrica de São Pedro, afirmou aos demais padres que cuidavam das alfaias e paramentos das basílicas romanas para que tivessem cuidado com os lefebvrianos porque "são muito perigosos esses homens".

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Igrejas vazias na Itália são ocupadas por Ortodoxos

Quando o regime ateu se apoderou da Russia, no começo do século XX, seus principais objetivos eram destruir toda e qualquer manifestação de fé no país. Através de uma política de perseguição, prisões arbitrárias de clérigos e a alienação dos bens imóveis das principais comunidades cristãs do país, o bolchevismo mostrou sua face anti-cristã.

A Igreja Ortodoxa Russa sofreu uma dura perseguição dos ateus, mas a Igreja Católica foi quase dizimada. Pela unidade da pátria, segundo os termos revolucionários, vários católicos de rito bizantino - incluindo clérigos - foram obrigados a uma união forçada com a Igreja Ortodoxa. Os templos católicos - aqueles que não foram demolidos - foram incorporados ao patrimônio Ortodoxo o que, num primeiro momento, trouxe satisfação aos bispos ortodoxos. Entretanto, o regime não se contentou em destruir a presença romana em território russo e partiu também para cima da Igreja Ortodoxa.

Somente após a queda do Muro de Berlim a Igreja Católica, especialmente de tradição bizantina - começou a deixar as catacumbas e passou a reaver, judicialmente, seus antigos locais de culto.

A devolução dos templos não agradou aos Ortodoxos que se queixaram rapidamente ao governo. De fato a situação Ortodoxa não era tão melhor, mas por ser parte da identidade nacional, por ter colaborado com o regime Soviético e, por isso, ter sido tolerada minimamente durante o governo vermelho, ela ainda gozava de uma estrutura que permita um renascimento tranquilo. Os católicos, por sua vez, não tinham teto, não tinham nada.

A queixa ortodoxa também se estendeu além do campo imobiliário, tornando a palavra "proselitismo romano" uma constante nos encontros entre ortodoxos e católicos. A presença católica, ainda hoje, não é tolerada completamente em território russo onde, acreditam os hierarcas ortodoxos, há um direito de posse claramente ortodoxo.

Entretanto é na Itália - território canônico claramente católico, se seguirmos o mesmo argumento usado pelos ortodoxos para protestar contra a presença católica na Rússia - que vemos uma notícia surpreendente.
Algumas capelas e igrejas católicas, que serviam a comunidades italianas, mas que agora encontram-se abandonadas por algum motivo, são cedidas cordialmente aos clérigos ortodoxos russos que pastoreiam o povo russo fora da Rússia.

Segundo o Arcebispo (Ortodoxo) Mark Yegorievsk:

" As igrejas católicas que não têm paroquianos - disse o bispo em entrevista no site da Igreja Russa - são muitas vezes colocados à nossa disposição e o aparecimento de tantos fiéis é devido à ajuda da Igreja Católica, que nos oferece a sua instalações para o culto."

Um gesto generoso, sem dúvida, que não recebe uma devolutiva Ortodoxa, especialmente na Ucrânia onde a resistência russa vem impedindo a proclamação de um novo patriarcado católico bizantino.

Um gesto generoso também e que não encontra semelhança mesmo dentro do orbe católico romano. Enquanto várias igrejas e capelas ficam as moscas ou são "emprestadas" aos cismáticos, vários fiéis católicos tradicionais não têm local para rezar a liturgia tradicional e são obrigados a usar salões, garagens, etc.

Acredito que todo católico tradicional deveria exigir do seu bispo ser tratado como um Ortodoxo - com cortesia, amor e fraternidade.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

A Obra Legionária começa a ruir - Seminário na Irlanda será fechado

O Pe. Luis Garza, até esta semana o número 2 da poderosa Legião de Cristo, renunciou hoje ao seu cargo dentro da hierarquia da Legião após vários meses de investigação vaticana conduzida pelo cardeal Velasio De Paolis.

Pe. Garza concedeu uma entrevista ao National Catholic Register (periódico antes de propriedade dos Legionários e agora comprada pela rede de comunicação católica norte-americana EWTN). Nesta entrevista, o padre fala dos diversos aspectos da crise e, principalmente, do seu relacionamento com o fundador, o agora persona non grata e, como alguns periódicos americanos se referem, "desgraçado" ("perdeu a graça", que tinha no Vaticano durante o reinado de João Paulo II) Pe. Marcial Maciel.

Pe. Maciel, um amigo próximo do falecido Papa João Paulo II, foi retirado do ministério pelo Papa Bento XVI em 2006, após anos de alegações de que ele havia abusado seminaristas. Ele morreu em 2008 aos 87 anos.

Segundo Pe. Garza, quando perguntado se não desconfiava da vida dupla do Pe. Maciel:

O que você não consegue entender é que eu nunca tratava de uma maneira pessoal com Pe. Maciel. Eu só ia a cada duas semanas para fazer o meu trabalho - para apresentar as questões a ele. Então eu ia embora. Eu nunca soube onde ele foi. Ele nunca permitiu que ninguém entrasse em sua vida. Eu nem sequer tinha o seu número de telefone celular.
Eu era 40 anos mais jovem. Ele era o fundador. Ele não me permitia entrar em sua vida pessoal. Ele dizia que trabalham mais de perto com ele, "Não diga a ninguém o que você faz comigo."

Pe. Garza afirma que não era possível desconfiar de um fundador que gozava de grande estima no Vaticano, atribuindo, indiretamente, a Santa Sé uma parte da culpa (Depois de anos e anos reverenciando o fundador e a Santa Sé o elogiando, nós aceitávamos [o comportamento suspeito]).


Outra notícia, entretanto, chega da cansada Igreja irlandesa, outrora bastião do catolicismo na Europa, mas agora sacudida por vários escândalos de pedofilia e pressionada pelo governo e pelos fiéis. A notícia, que também afeta os Legionários, é sobre o fechamento do seu seminário irlandês. Os Legionários estão na Irlanda desde 1960 e seu noviciado, em Leopardstown Road, foi criado em 1968.

Numa carta na última sexta-feira "para os Legionários de Cristo e os membros consagrados do Regnum Christi na Europa ocidental e central", o diretor-geral Pe. Álvaro Corcuera escreveu  que "a legião não será capaz de receber os noviços para o noviciado de Dublin depois de setembro de este ano".

Ele continuou, "as razões que levaram a esta decisão dolorosa são a escassez de vocações da Irlanda nas últimas décadas, combinado com a atual dificuldade de manter o noviciado com vocações de outros países, bem como a consolidação de esforços e recursos que estamos implementação de todo o mundo ".

Embora a Irlanda enfrente uma crise severa, talvez pior que a dos EUA, a ausência de vocações em movimentos conservadores na Igreja é algo raro, quase inédito. A perda da credibilidade da Legião, aliado ao terremoto que assola a Irlanda, podem ser fatores que mataram o seminário de Leopardstown.

O que importa é saber que a mudança na cúpula da Legião e na sua conduta interna, embora mais lenta do que muitos esperavam, está se consolidando. Alguns, que torcem para o fim completo e radical da Legião, estão vendo esse movimento com esperança, outros por sua vez, que apoiam a reestruturação da Legião e sua purificação do passado (quem sabe até com uma mudança de nome), aguardam com o mesmo interesse a consolidação dessas mudanças.

Certamente, quando o resultado final for atingido, não agradará a gregos e troianos, mas certamente não será mais um império mexicano.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

PLC 122 na prática

O que aconteceria se o PLC 122 fosse aprovado? Bom, o antigo "sitcom" global Toma Lá Dá Cá tem a resposta.
Lutemos contra as Moacyras (PLC 122) que só querem tolher a nossa liberdade.


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domingo, 17 de julho de 2011

Boff é aplaudido...

... na PUC-Minas!

O acontecimento

Aplaudido, Boff critica os últimos papas

O professor e teólogo Leonardo Boff eletrizou o auditório do 24.º Congresso Internacional da Sociedade de Teologia e Ciências da Religião (Soter), realizado, na semana passada, em Belo Horizonte, ao relembrar a história da Teologia da Libertação, em uma palestra sobre os 40 anos de atuação do movimento de esquerda que revolucionou a Igreja Católica no Brasil e na América Latina.

A reportagem é de José Maria Mayrink e publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, 17-07-2011.

Os 360 participantes aplaudiram de pé quando Boff e seu colega, padre João Batista Libânio, afirmaram que a Teologia da Libertação continua viva e presente nos movimentos sociais, apesar de ter sido "incompreendida, difamada, perseguida e condenada pelos poderes deste mundo", civis e eclesiásticos.

A prova, segundo Boff, são o Partido dos Trabalhadores, o Movimento dos Sem-Terra, o Conselho Indigenista Missionário, a Comissão Pastoral da Terra e outras pastorais.

"Nunca, na história do cristianismo, os pobres ganharam tanta centralidade", disse o ex-frade franciscano, que abandonou o convento e o ministério sacerdotal, mas não perdeu a fé[???] nem deixou de ser teólogo, após ter sido punido pelo então prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal Joseph Ratzinger, atualmente papa Bento XVI, após a publicação do livro Igreja, Carisma e Poder, de 1981.

Boff afirmou que João Paulo II e Bento XVI tentaram barrar a Teologia da Libertação. "Ratzinger entrará na história como inimigo dos pobres", disse. "A teologia se inspira no Cristo libertador e não no marxismo, que já morreu", advertiu. "Marx não foi pai nem padrinho da Teologia da Libertação."

***

Começando de baixo pra cima, o último argumento usado pelo Sr. Genésio Boff para tentar "purificar" a Teologia da Libertação e desvincula-la de um sistema falido é contraditório com uma antiga afirmação do próprio Genésio (ainda Leonardo) num passado não tão distante:

"O que propomos não é Teologia dentro do marxismo, mas marxismo dentro da Teologia". (Jornal do Brasil, em 6 de Abril de 1980).

Bom, eu sei que esperar honestidade intelectual do Sr. Genésio é esperar demais! Mas pelo menos um pouco de coerência, quem sabe? Nem isso.

Bento XVI, inimigo dos pobres? Essa mentalidade absurda de quem está à direito é inimigo dos pobres e quem está à esquerda é companheiro de luta é tola, estúpida e completamente separada da realidade. Como já escrevi num post anterior, sobre esse tema, os ditos conservadores - e ai tomo a liberdade de inserir o Papa neste grupo - são muito mais preocupados com os pobres que os progressistas.

O que exatamente fez o Sr. Genésio pelos pobres? Uma obra concreta pelos pobres patrocinada, de alguma forma, pelo patriarca da libertação, alguém consegue citar? Ninguém.

Enquanto Bento XVI se solidariza com o povo Roma (ciganos), envia doações aos flagelados pela tsunami japonesa, pelo terremoto na Nova Zelândia, pede ajuda ao povo esquecido da Somália, apela ao mundo pelos cristãos da palestina, etc, etc, etc, que faz Boff? Faz conferência, é claro! Encontros "eletrizantes"! No conforto do ar-condicionado, da água mineral (importada?) sobre a mesa, num auditório ricamente construído. Quem é inimigo dos pobres?

Outro ponto interessante dessa matéria é a ligação, por alguns anos negada ou pelo menos disfarçada, do PT e os libertadores. É preciso gozar de apenas um único neurônio para deduzir que PT e TL andam juntos. Se a pessoa tiver dois neurônios conseguirá estender essa parceria para a educação, através do freirismo (de Paulo Freire) ignóbil que afeta a mentalidade pedagógica de todos os docentes desta terra.

O congresso SOTER não se deu num salão de hotel, muito menos num estádio municipal. Veja o que está escrito no site oficial:

O 24º Congresso Anual da SOTER terá como tema Religião e Educação para a Cidadania, e ocorrerá entre os dias 11 e 14 de julho de 2011, na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas), em Belo Horizonte - MG. Evento tradicional da área, com reconhecimento nacional e internacional, recebeu da Capes, em 2008, a avaliação Qualis “A”. Prova dessa repercussão são a tradução para o espanhol de alguns Anais de nossos Congressos e a constante presença de um membro da Diretoria nacional da SOTER na vice-presidência da INSeCT (“Rede Internacional de Sociedades Católicas de Teologia”, com sede jurídica na Alemanha). Visto que todo ano há um aumento de participantes, a expectativa de presença para 2011 é de 250 sócios, além de cerca de 250 pesquisadores da área, num total de 500 participantes. Dando prosseguimento às discussões dos congressos anteriores, cuja preocupação tem sido o papel das religiões nos distintos aspectos de nossa sociedade, o congresso deste ano pretende mostrar a relação entre Religião, Educação e Cidadania, numa abordagem multidisciplinar, tão necessária hoje para a teologia e as ciências da religião.
A Diretoria e a Comissão Organizadora prepararam para 2011 uma série de Conferências, de Mesas Redondas e de Grupos Temáticos que propiciarão a partilha e a discussão do tema central do congresso, bem como das pesquisas que a teologia e as ciências da religião têm feito atualmente em nosso país.

A PUC hospedou esse tipo de excrecência! Surpreendente, não é mesmo? Na verdade, não!
A PUC (qualquer PUC) há anos perdeu qualquer ligação com a doutrina católica que, por ser uma universidade pontifícia, deveria guiar sua essência, seu ethos acadêmico.

Como um dos alunos de teologia (TEOLOGIA!!!) da PUC (Campinas) teve a oportunidade de esclarecer recentemente, a PUC  "é uma academia, lugar de reflexão e debate, não curso pra ministros ou catequistas.. a Santa Sé num interfere pq entende isso e tem maturidade pra lidar com o diferente, ao contrário de pessoas que se sentem donas da Tradição e do Magistério, que fazem do Papa um instrumento nas suas mãos".

Acima da reflexão e do debate, que são naturais em qualquer estabelecimento de ensino superior, há, no caso da PUC, a doutrina católica. A PUC é uma academia da Igreja e, se não consegue nem formar pessoas com o mínimo de conhecimento da doutrina católica, então sua missão acabou.

Se você for a uma universidade luterana (a ULBRA, por exemplo), jamais ouvirá um único docente criticar Lutero. Na Mackenzie, idem. As Universidades Metodistas, mesmo sendo muito leves na sua identidade confessional, defendem com unhas e dentes John Wesley. Já a PUC... críticas ao Papado, à doutrina moral e dogmática. Triste.

Na PUC-Rio, por exemplo, há uma professora que, repetidamente, afirma a teologia feminista, defende a ordenação de mulheres e outras coisinhas mais.

A PUC brasileira é um desastre, não sendo nada mais que uma universidade laica, sem qualquer espírito católico. Mas certamente as benesses do ser "pontifícia" agradam aos seus reitores e professores.

Eu diria que algumas universidades e faculdades protestantes possuem, hoje, um curso de teologia mais católico que a PUC. Inclusive em algumas universidades federais é possível ter uma capelania católica mais presente que em toda a PUC. Desastre.

Voltando ao encontro do SOTER, vejam que tipo de programação foi sediada na PUC-Minas (destaco só alguns):

Dia 11/7
19h30 - Abertura oficial do 24º Congresso com a presença de Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Grão-Chanceler da PUC-Minas e Dom Joaquim Mol, Magnífico Reitor da PUC Minas.

Dia 12/7
8h30 - Auditório 3: Abertura da Sessão – Homenagem a José Comblin e Bernardino Leers (In Memoriam)
Mesa 2: Auditório 2 (Prédio 4): Religião e Gênero: Maria Pilar de Aquino ((University of San Diego, Department of Theology – USA) e Sandra Duarte de Souza (Universidade Metodista de São Paulo – UMESP)
20 às 21h30 - Auditório 3: Sessão Comemorativa dos 40 anos da Teologia da Libertação: 40 anos de Teologia da Libertação: fazendo memória e olhando para o futuro - Prof. Dr. Leonardo Boff

A presença do senhor Arcebispo diz tudo. Ratifica tudo. Dom Walmor, que já perdeu há tempos o controle sobre a sua arquidiocese, ex-presidente da Doutrina da Fé da CNBB se faz presente num evento que, sabidamente, serve para dar sobrevida ao funesto "marxismo dentro da Teologia".

Como justificar (é possível?) a presença de Dom Walmor e de Dom Joaquim num evento onde (1) a doutrina católica é achincalhada e (2) o Papa, a quem os dois bispos juram fidelidade, é chamado de "inimigo dos pobres"?

Pelo conteúdo das palestras podemos afirmar que foi dito um pouco de tudo o que a Igreja, nos últimos 40 anos, se esforçou em condenar como erros gravíssimos de fé. E os dois prelados ali...

Eletrizante, certamente! Chocante, mas não surpreendente. Que esperar do futuro?

sábado, 16 de julho de 2011

Mais sobre o Bispo de Saltillo

Se você não conhece o bispo de Saltillo, recomendo leitura aqui.
Fonte: ACI digital via Apostolado Spiritus Paraclitus

“Queremos um Bispo católico”: Mensagem em mantas para Dom Vera em Saltillo

Um grupo de pessoas ainda não identificadas colocaram ontem quatro mantas nas grades ao redor da Catedral de Saltillo (México) com uma mensagem para Dom Raúl Vera, bispo desta diocese: “Queremos um Bispo católico”.

Conforme informa em sua edição de hoje o jornal mexicano Vanguarda, o Prelado se negou a opinar sobre estas e outras mensagens colocadas nas mantas que questionam seu trabalho na diocese de Saltillo aonde promove e apóia o grupo gay São Elredo, apesar de sustentar posturas contrárias à doutrina católica sobre a homossexualidade.

Através do departamento de comunicação da Diocese de Saltillo, o Bispo Vera assinalou que poderia emitir uma opinião uma vez que conheça todos os detalhes dos fatos.

Em junho deste ano, Noé Ruiz, coordenador do grupo São Elredo, assinalou que solicitarão às novas autoridades de Coahuila, estado mexicano onde se encontra a diocese de Saltillo, que o pacto civil que regula as uniões homossexuais seja chamado de agora em adiante “matrimônio“.

Ruiz assinalou naquela ocasião que “o que nós queremos propor é, além do pacto civil (que regula as uniões homossexuais), melhoras e facilidades na adoção, segurança social, e temos a proposta de mudar o nome de Pacto Civil a Matrimônio”.

Sobre as mantas retiradas esta manhã que questionam o Prelado, membros do pessoal da Catedral de Saltillo disseram que desconhecem quem as pendurou e quem as retirou. “Nós não as temos, nem o pessoal daqui as retirou”, disse uma das assistentes da Catedral.

A diocese de Saltillo

O Bispo da diocese de Saltillo, Dom Raúl Vera López, expressou repetidamente seu apoio à união civil entre pessoas do mesmo sexo e promove o grupo gay São Elredo, que sustenta princípios contrários à doutrina católica.

Em março deste ano Dom Vera, através de seu website, expressou seu apoio ao 4º Foro de Diversidade Sexual, Familiar e Religioso, organizado pelo grupo São Elredo, no qual eram promovidas, entre outras condutas contrárias à Igreja Católica, o ativismo gay, a sexualidade ativa de casais homossexuais e a adoção de crianças por parte destes.

Ao ser contatado por telefone pela agência ACI Prensa, o Pe. Robert Coogan, assessor espiritual do grupo São Elredo, assinalou que para as pessoas homossexuais “a única resposta que oferece o Catecismo é dizer-lhes que vivam o celibato e isso não é adequado”.

O sacerdote, que também expressou seu apoio à legalização da união de pessoas do mesmo sexo e à adoção de crianças por parte delas, manifestou que “temos um apoio firme do Bispo” Raúl Vera.

Noé Ruiz, coordenador do grupo São Elredo, confirmou à ACI Prensa que o propósito dos foros que organiza este grupo, como o que foi realizado em março, é “que as pessoas saibam que entre duas mulheres, dois homens, podem criar um filho e vivem da forma mais normal e mais comum”.

A ACI Prensa também recolheu a preocupação de diversos grupos pró-família de Saltillo para quem o agir do grupo São Elredo é daninho para eles mesmos e para a sociedade.

Nas palavras da Natalia Niño, presidente da Associação Familias Mundi em Saltillo “não estamos de acordo com a formação de famílias entre pessoas do mesmo sexo porque uma família nasce de um matrimônio, e um matrimônio é uma vocação que se dá entre duas pessoas de sexo oposto, porque assim é complementar”.

ACI Prensa entrevistou também o Pe. Leopoldo Sánchez, quem se desempenhou até poucos atrás meses atrás como assessor espiritual no México do grupo Courage Latino, uma instituição que realiza um ministério pastoral com pessoas homossexuais em fidelidade à doutrina católica.

Nesta entrevista o sacerdote explicou que “o caminho é o amor, este amor, a Igreja nos recorda, tem a peculiaridade de ser um amor que se vive na castidade”, a qual “estamos chamados absolutamente todos os cristãos, tenham a atração ao mesmo sexo ou não a tenham”.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A preocupação social além do discurso

Conservadores estão mais preocupados com o social que progressistas

A Opção pelos Pobres é opção pelos “injustiçados”.
José Maria Vigil, teólogo

[A opção preferencial pelos pobres] “não pode se dar apenas no âmbito das razões e práticas religiosas como o faz e se deixa permanentemente desafiar a Igreja Católica”
Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo

Os momentos mais escuros da vida da Igreja foram quando ela se esqueceu deste compromisso [pelos pobres], dando mais importância a leis, normas e doutrinas.
Pe. Luis Mosconi

A conclusão é bem clara: a fé em Jesus é inseparável da opção pelos pobres. Não se pode optar por Jesus sem optar pelos pobres; não se entende a pessoa e a pratica de Jesus sem conversão eficaz aos pobres. Somente os pobres ajudam a descobrir o verdadeiro rosto de Jesus Cristo e a mensagem do Evangelho. Para os cristãos, não se entende o resgate da dignidade dos pobres sem ter presente o estilo de vida de Jesus.
Pe. Luis Mosconi


***

A opção preferencial pelos pobres pautou a vida da Igreja latino-americana por várias décadas. Desde a sua concepção e formalização nas primeiras reuniões do CELAM (Medellin e Puebla), essa forma de pensar instrumentalizou a ação pastoral em diversas dioceses. Entretanto, por onde passou, qual foi o resultado concreto?

É fato que há uma espécie de consenso maniqueísta no qual, se você não faz a opção pelos pobres ou se alinha com a ideologia que sustenta essa opção, você está inegavelmente fora da Igreja de Cristo, porque fora do pobre não há salvação.

Para aqueles que defendem a opção pelos pobres da teologia da libertação, os ditos "conservadores" não estão preocupados com os pobres. Os chamados "tradicionalistas" o estão menos. Essa posição se cristalizou na cultura popular onde estar à direita é sinônimo de insensibilidade para com o próximo e, estar à esquerda, significa caminhar com a humanidade, humanitariamente.

Tal pensamento, entretanto, está longe da verdade. Tomando os rótulos (progressista, conservador e tradicionalista) como estão definidos pela mídia, podemos fazer algumas análises.

O cuidado pastoral com os pobres ou menos favorecidos, em qualquer situação, é marcado através de obras de assistência ou pela presença de organismos de apoio. Entretanto, salta aos olhos a ausência de centros de cuidados com os pobres nas dioceses onde a opção pelos pobres é gritada aos quatro ventos.

Um exemplo disso é a diocese de Jales, que não conta com uma única escola, uma única creche, asilo, orfanato, hospital, centro médico, etc oficial da diocese (pelo menos não há informação no site). E isso se repete em muitas dioceses brasileiras que, ironicamente, optaram pelos pobres.

Acima de tudo a presença de escolas (da creche ao ensino médio) católicas nas dioceses quase desapareceu em 20 anos. Restam algumas escolas, privadas, ligadas a uma ou outra congregação religiosa, mas as escolas diocesanas desapareceram.

Entretanto, a realidade é substancialmente diferente do lado dito "tradicionalista" ou conservador. A Administração Apostólica, uma diocese "pessoal" com uma população católica mínima, possui 15 escolas, com 3 mil alunos, orfanatos, casas de asilo para idosos e jovens.

Para comparar, a arquidiocese norte-americana de St. Louis tem quase 300 escolas. 300! Num mundo capitalista, insensível aos pobres, dentro de uma estrutura que, segundo os esquerdistas, ama apenas a obediência cega e o doutrinamento das massas. A população católica de St. Louis é de pouco mais de 500 mil pessoas. A minha diocese chega perto dos 700 mil e não possui uma única escola diocesana, nem creche, nem hospital, nem asilo, nem lar para sem tetos, casa de reabilitação, etc. Há um oratório para crianças carentes, mas é ligado aos salesianos.

A diocese de Anápolis registra um número significativo de escolas, 15, considerando o contexto brasileiro.

Mesmo a Arquidiocese de São Paulo, a maior do País, conta com recursos muito limitados para o atendimento e assistência ao pobre. Na prática o discurso é mais eficiente que a realidade. A força e o empenho com que os "apóstolos" da opção pelos pobres anunciam suas virtudes é inversamente proporcional ao cuidado prático com os pobres.

O trabalho pastoral de muitas dessas dioceses que fizeram a opção pelos pobres segundo os moldes de Medellin-Puebla resume-se a um trabalho de doutrinação política. Toda a assistência pastoral que essas dioceses prestam está ligada, eventualmente, a uma ONG ou um organismo não-católico, leigo. Essas estruturas apoiam, por exemplo, o projeto do AA (alcoólicos anônimos), fazem parceria com a prefeitura local para construir um centro comunitário (que servirá para doutrinar pela TL, é claro) ou para a construção de casas comunitárias. Tudo através do poder público, nada originalmente católico. Não há vida comunitária católica.

Não espanta, portanto, que as pessoas que moram e tentam viver a sua fé dentro das fronteiras dessas dioceses acabem inevitavelmente abandonando a Igreja. O pensamento é simples: os padres não falam de Deus, só se preocupam com o social e o social é feito pela prefeitura. Pra que Igreja? Um pensamento lógico.

Não espanta, também, que nessas localidades a vivência espiritual da fé seja nula. Há uma vivência "social" do catolicismo, através da promoção dos valores libertadores. Nesse contexto, o êxodo de fiéis é sensível, a multiplicação das seitas é alarmante e a diminuição das vocações se torna tão grave que algumas dioceses nem chegam a ter sacerdotes suficientes para suas paróquias. A Prelazia de São Felix, comandada por anos por um dos ícones da opção pelos pobres, possui hoje menos de 15 padres, para atender uma comunidade territorialmente espalhada.

Como se vê há uma sensível diferença entre aqueles que são, injustamente, acusados de insensibilidade para com os pobres e aqueles que, injustamente e sem base na realidade, se auto-proclamam seus defensores.

E na sua diocese, como é feito o trabalho com os pobres? Será que não sobra discurso e falta ação?

CNBB e a China

Dor e preocupação são os sentimentos que suscitou no Vaticano a nova ordenação episcopal ilegítima realizada hoje na China. Em Shantou, na região de Guandong, foi ordenado bispo o sacerdote Joseph Huang Bingzhang, sem mandato pontifício, como aconteceu há apenas duas semanas, em 29 de junho, com a ordenação do bispo de Leshan. O acontecimento de hoje “é acompanhado e visto com dor e preocupação, porque é contrário “à união da Igreja universal”, comentou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi SJ, segundo informa a Rádio Vaticano. Foram obrigados a participar da ordenação também alguns bispos em comunhão com o Papa, que haviam rejeitado a fazer parte da cerimônia.
fonte: Zenit

Na noite de hoje, 14, a comitiva da Administração do Estado para Assuntos Religiosos, do Governo da República Democrática da China, participou de audiência com o secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, na sede da CNBB, em Brasília.
Composta pelo vice-ministro para Assuntos Religiosos, Jiang Jianyong, e 11 outros funcionários do Governo Chinês, a comitiva foi à CNBB com o objetivo de conhecer o trabalho realizado pela Igreja Católica no Brasil e propor um intercâmbio entre as duas Conferências Episcopais.

***

Acima de tudo é lamentável mais um escândalo patrocinado pela Conferência dos Bispos do Brasil. Enquanto, como ressaltou o blog Rorate (que retransmitiu a notícia do Fratres), a Santa Sé luta contra o Golias do governo chines, a CNBB se presta a um papel contrário, adulando aqueles que, sem receio, chegam a matar clérigos fiéis ao Papa em suas prisões.

Como notou o Rorate, a página da CNBB retirou a notícia dos seus servidores. Inútil, porque o Fratres já mantém  registrada a imagem dantesca dos apóstolos que, por menos de 30 moedas, traem Nosso Senhor.

A CNBB removeu a página do servidor. Uma estratégia já conhecida, prática corrente das instituições católicas brasileiras. Fazem, se ninguém reclamar, deixam por lá, caso contrário, removem rapidamente. Com certeza receberam ordens superiores para que removessem a matéria do site oficial. Há, em Brasília, um exímio pianista que sabe orientar muito bem os bispos brasileiros quando o assunto é afrontar a Santa Sé.

O setor de imprensa da CNBB certamente fica com os dois olhos bem abertos, vigiando a blogosfera, especialmente o Fratres. A matéria estava no site desde ontem, para quem acompanha os feeds da CNBB, e foi postada após as 18 horas. Foi só aparecer no Fratres e no Rorate que, puff, num passe de mágica "Erro 404".

O que pensar de tudo isso? Primeiro, a covardia. Fazem e depois querem esconder. Que tipo de Conferência é esta que temos que supera, a cada dia, o seu pior? O que virá depois?

Segundo, a traição. Enquanto o Papa sofre por mais uma sagração ilegal, a CNBB confraterniza com aqueles quem mantêm a Igreja chinesa cativa. Isso nos leva a uma pergunta grave sobre o alicerce da famosa "comunhão plena" que se ouve falar na Igreja. O que esse termo quer dizer exatamente?

O Rorate fala numa "igreja descontrolada" -  a Church out of control. O Fratres se refere ao “cuidado especial pelos pobres” da mentalidade marxista-cnbbista faz com que se estabeleça um interesse mútuo: da parte da igreja cismática chinesa, pelos métodos subversivos da Igreja no Brasil". Duas análises ponderadas pelos fatos e dramaticamente acertadas.

Escrevendo estas linhas, neste exato momento, a notícia toca também o mundo hispanohablante através do Blog Secretum Meum Mihi.

Será transmitida a todo o mundo, acredito eu, em menos de 12 horas. Mas já chegou ao Vaticano, tenham certeza.

A imagem de uma igreja descontrolada, que beira o cisma de fato, é a imagem do Brasil.

"Estado Laico" usado pela Igreja

Acontecido na Bahia




PREFEITO DIZ QUE IGREJA É LIBERAL E BISPO SE RETA

O prefeito de Irecê, Zé das Virgens (PT), soltou mais uma de suas declarações polêmicas (para não dizer “sem noção”) durante uma entrevista à Rádio 101 News FM, afiliada da Rede Tudo FM, há cerca de dois meses. Alegre e despachado, como de costume, o petista inventou de sugerir que a Igreja Católica é uma instituição simpática aos homossexuais, na medida em que seria favorável ao relacionamento entre pessoas do mesmo sexo. “A Igreja é a favor da liberdade sexual”, foi uma das frases ditas por das Virgens à emissora, na ocasião da fundação da Associação de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais de Irecê e região. Apesar da pérola radiofônica ter sido registrada em uma cidade interiorana, a informação demorou de cair nos ouvidos do bispo do município, Dom Tommaso Cascianelli. Em nota, divulgada nesta semana, o religioso repudiou a declaração do alcaide. “Na condição de bispo da Igreja Católica e ciente de que as outras igrejas cristãs irão ter o mesmo pensamento, condeno plenamente a atitude do prefeito, pois, a liberdade sexual contraria a moral da Igreja e desvirtua a finalidade pela qual o sexo foi criado por Deus, destruindo assim a família na sua origem”, detonou. Injuriado, Cascianelli, um italianão do Lácio, também desautorizou o gestor a falar em nome da religião. “Não é de competência do prefeito pronunciar-se a respeito de assuntos inerentes à Igreja Católica”, ordenou.

Fonte: Bahia notícias

***
Um jogo interessante. Se a Igreja não tem o direito de se intrometer nos assuntos do estado laico, como o PT quer que acreditemos, e não pode se pronunciar em assuntos de moral, porque o Estado é laico o que desqualifica automaticamente a opinião de qualquer pessoa religiosa, então o inverso é verdadeiro.
O Estado Laico também não encontra competência para dizer onde a Igreja aprova ou desaprova qualquer coisa. “Não é de competência do prefeito pronunciar-se a respeito de assuntos inerentes à Igreja Católica”. Bem dito!
E vejam, pelo vídeo, o conceito que as nossas autoridades fazem de "homofobia". E, os legisladores pró-cultura gay, afirmam que, se aprovado, o PLC 122 não limitará em nada a liberdade das Igrejas de condenar o comportamento homossexual. Ahã, Cláudia...

Mais especulações sobre as cadeiras vermelhas

Após a grande novidade - ou não - da nomeação do cardeal Patriarca de Veneza para a Sé mais importante da Itália, depois de Roma, os olhos curiosos e, principalmente, os ouvidos de lince dos vaticanistas italianos se voltam para terras além mar, do outro lado do atlântico.

Uma outra cadeira está sendo alvo de especulações que dão como certa e iminente a substituição do atual ordinário por um outro e, assim, a criação de mais um cardeal em "stand by" para os próximos consistórios.

Os vaticanistas foram precisos quando previram a nomeação de Scola como arcebispo de Milão, quase precisos na nomeação de Nichols para Westminster (havia grande disputa na época), e foram pegos de surpresa com a nomeação de Dolan como arcebispo de Nova York.

A Filadélfia, cadeira do atual cardeal Justin Rigali (foto), agora se torna o centro das apostas vaticanológicas. Há, no acerto dessas mudanças episcopais, um certo jogo de credibilidade entre os vaticanistas. Aquele que "canta" o nome correto com antecedência se torna digno de confiança do público e, assim, pode inventar qualquer tipo de conjectura absurda e previsão futurista que serão acatadas pelo público como verdades iminentes.

Um exemplo disso é o do vaticanista Andrea Tornielli que tem fontes muito bem informadas dentro do corpo curial vaticano. Tornielli, inclusive, foi quem deu como certa a nomeação de Scola. Mas quem não se lembra da sua previsão mirabolante, quase certa, de um documento da Congregação para o Culto Divino sobre questões "relativas à recuperação de um maior sentido de sacralidade na liturgia"?

Após a repercussão da sua previsão - que até hoje não se confirmou - e das consequentes desmentidas vaticanas, Tornielli, para não perder a credibilidade, frisou que:

" no meu artigo jamais falei de reformas iminentes ou de documentos já preparados, e no final dizia claramente que se tratava do começo de um trabalho. Um trabalho longo, que não quer impor as coisas do alto, mas envolver os episcopados. Falava da votação feita pela plenária da Congregação, do fato de o Cardeal Cañizares ter levado os resultados ao Papa, do fato de que se começou a estudar, não “propostas institucionais de modificação dos livros litúrgicos”, mas sim indicações mais precisas e rigorosas relativas à modalidade de celebrar com os livros existentes e há pouco publicados."
Assim fica fácil prever o que quer que seja.
Bom, mas voltando à Filadélfia.

Marco Tosatti, do "La Stampa", afirma que a sucessão do cardeal Rigali é certa e breve. Os recentes escândalos de pedofilia e acobertamento de padres pedófilos prejudicaram a imagem e a credibilidade da arquidiocese e do seu arcebispo. Uma mudança significativa poderia ajudar a restaurar a confiança.

Por isso o nome do atual arcebispo de Denver, Dom Charles Chaput (foto), é cotado por Tosatti para substituir o velho cardeal Rigali, que já passou da idade de aposentadoria (76).

Chaput, considerado um dos bispos mais conservadores dos EUA e, até então, uma aposta certa para Chicago (Tornielli e Rodari) como também afirma Tosatti, seria uma guinada histórica na administração da arquidiocese. Rigali, ex-arcebispo de St Louis, é oriundo dos meios administrativos da maquina curial, sem grande experiência pastoral antes do episcopado.

Charles Chaput se alinha facilmente com o pontificado de Bento XVI em todos os seus aspectos e por isso é considerado o "coringa" no baralho episcopal das grandes nomeações vaticanas para os EUA. O destino de Chaput já foi traçado, segundo os vaticanistas, e envolve um barrete vermelho. Resta saber se este barrete virá de Chicago ou da Filadélfia.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Explicações sobre Assis III

"Massacrem aqueles que insultam o islã" e "exterminem aqueles que matam o islã". Protestos em LONDRES.
Prova cabal da inutilidade de Assis.


O encontro de Assis e os medos dos ''ratzingerianos''

Fonte: IH-Unisinos

A convocação dos líderes das religiões mundiais decidida por Bento XVI para Assis no próximo dia 27 de outubro, por ocasião do 25º aniversário do primeiro encontro desejado pelo Papa João Paulo II, deve preocupar muitos colaboradores do pontífice. Há alguns dias, nas colunas do L'Osservatore Romano, vem sendo publicada uma série de renomadas intervenções, todas voltadas a oferecer a interpretação correta e preventiva do gesto papal.

É o caso, por exemplo, do artigo publicado no jornal vaticano do prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal William Joseph Levada, que se perguntou "por que, se era tão atento aos possíveis mais entendimentos do gesto do seu beato predecessor", Bento XVI considerou "oportuno dirigir-se como peregrino a Assis por ocasião de um novo encontro pela paz e a justiça".

Depois de Levada, entraram em campo o secretário de Estado, Tarcisio Bertone, que anunciou a presença em Assis também de personalidades do mundo da cultura não religiosa. E o presidente do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso, o cardeal Jean Louis Tauran, que especificou que haverá, sim, momentos de oração, mas de "oração privada" dos representantes individuais das diversas religiões, antes de se dirigirem juntos à Basílica de São Francisco.

Ontem à tarde, ainda nas colunas do L'Osservatore, foi o fundador da Comunidade de Santo Egídio, Andrea Riccardi, que ofereceu a enésima interpretação correta do gesto de João Paulo II e agora do seu sucessor. Riccardi explicou que a ideia de uma espécie de "ONU das religiões" estava muito distante da mente de Wojtyla. "João Paulo II – escreveu Riccardi – sempre rejeitou claramente a ideia de Assis como manifestação de uma espécie de inter-religião, desejada por círculos restritos".

A que se deve tanta manifestação de força para antecipar a correta hermenêutica do próximo encontro de Assis? Acima de tudo, não devemos esquecer que o primeiro encontro em 1986 havia sido precedido e acompanhado por muitas polêmicas. Alguns cardeais influentes expressaram perplexidade acerca da oportunidade de convocá-lo, enquanto o arcebispo Marcel Lefebvre definiu de "abominável" o encontro inter-religioso.

Em Assis, em 1986, segundo alguns observadores, surgiram nervosismos e alguns abusos (embora nem tudo o que foi dito a respeito seja verdade, por exemplo quando se fala de sacrifícios animais ocorridos nos altares de Igrejas Católicas). O discurso de João Paulo II, com cuja redação e revisão colaborou o então cardeal Joseph Ratzinger, foi claro.

Depois do anúncio surpresa em janeiro passado, quando Bento XVI convocou o novo encontro das religiões em Assis para invocar a paz, alguns historiadores (entre eles, Roberto de Mattei) e jornalistas católicos próximos da sensibilidade mais tradicional assinaram um abaixo-assinado pedindo que o papa repensasse a decisão. E se disseram seguros de que, independentemente do que Ratzinger disser ou fizer em Assis, a mensagem veiculada pela mídia será a do sincretismo religioso, de um perigoso abraço entre verdade e erro que coloca tudo e todos no mesmo plano.

É evidente que as perplexidades expostas pelos signatários eram e são compartilhadas por mais de uma pessoa na Igreja, também em níveis mais elevados, até dentro do Vaticano. De outro modo, não se explicaria a sequência insistente de artigos influentes que o L'Osservatore Romano está colocando em suas páginas para explicar o significado do gesto papal, para evitar suas interpretação incorretas e para definir seus contornos e seus conteúdos.

Em essência, as intervenções no jornal vaticano servem para enfrentar a preocupação (às vezes o dissenso, mesmo que não explícito) por parte dos chamados ambientes "ratzingerianos", que consideram que a convocação de Assis – desejada por Bento XVI, sem qualquer pressão ou sugestões – não está em conformidade com o seu próprio pontificado, com as suas linhas programáticas. Uma posição que evidencia como em muitos ambientes, não só midiáticos, há uma ideia do Papa Ratzinger que não corresponde à realidade.

João Paulo II, depois do primeiro encontro de 1986, retornou a Assis com todas as religiões em janeiro de 2002, e nessa ocasião quis a seu lado justamente o cardeal Ratzinger. A revista 30 Giorni revelou que o purpurado, não presente na lista dos participantes até o dia anterior, interveio exatamente a pedido do papa. Em seu retorno, Ratzinger escreveu para a revista uma profunda meditação sobre o significado do gesto e sobre a experiência vivida. "Não se tratou – observou o futuro papa – de uma autorrepresentação de religiões que seriam intercambiáveis entre si. Não se tratou de afirmar uma igualdade das religiões, que não existe. Assis foi, antes, a expressão de um caminho, de uma busca, da peregrinação pela paz que assim o é só se unida à justiça".

"Com o seu testemunho pela paz, com o seu compromisso com a paz na justiça – continuava o então cardeal Ratzinger –, os representantes das religiões empreenderam, no limite das suas possibilidades, um caminho que deve ser para todos um caminho de purificação".

Além disso, no livro Fede, Verità e Tolleranza, Ratzinger afirmava que, embora existindo "perigos inegáveis" de mal-entendidos, "seria igualmente errado rejeitar em bloco e incondicionalmente a oração multirreligiosa", que deve estar ligada a determinadas condições e deve continuar sendo um "sinal em situações extraordinárias, nas quais, por assim dizer, se eleva um grito comum de angústia que deveria sacudir os corações dos homens e, ao mesmo tempo, sacudir o coração de Deus".

O Papa Wojtyla, poucos meses depois dos atentados do 11 de setembro, quis reunir as religiões em Assis para remover a justificação teológica do uso da violência, do abuso do nome de Deus para justificar o terrorismo. Em um momento em que o choque de civilizações era apresentado como inevitável, ele quis indicar a tarefa das religiões na construção da paz. Há dez anos, na cena mundial, embora sendo dominante a ideia do conflito entre religiões e a exasperação deste último, certamente não é o abraço do sincretismo que faz com que todos pareçam iguais e bons. Bento XVI indicou em 2011 a liberdade religiosa como via indispensável para construir a paz e lembrou que não se pode negar "a contribuição das grandes religiões do mundo ao desenvolvimento da civilização". Evidentemente, ele considera que a humanidade hoje está vivendo um momento tão difícil a ponto de justificar até os riscos de Assis III.

***

Querem purificar o encontro de Assis, inclusive os anteriores, através da mística do discurso. Entretanto, parece que os grandes purpurados de Roma não conseguiram argumentar no mesmo nível dos "intelectuais preocupados", encabeçados pelo historiador de Mattei.

Compreende-se, de alguma forma, a vontade e o desejo do Papa pela paz. Infelizmente o meio - o encontro - utilizado para promover essa paz é equivocado.

Bento XVI se reunirá com representantes de diversas confissões religiosas. Nisso não há grande novidade, porque o Papa já se reuniu individualmente com quase todos eles, no Vaticano ou durante as suas viagens. O problema está (1) no local do encontro, com toda a sua história negativa do passado e (2) no ideal presente para este encontro, a paz.

Não seria mais útil um encontro com autoridades civis? Afinal, são elas e não os representantes das diversas confissões que podem assegurar a paz no âmbito civil. Mas, e ai está o grande pulo do gato, Assis não é um encontro pela paz civil, mas um encontro por uma paz transcendente. Por isso a "oração" dos líderes religiosos pela paz.

O mundo ocidental não tem problemas com a religião, isso é fato. Devemos sim reconhecer que há no ocidente uma mentalidade ateia, legislação opressora aos princípios cristãos, etc, mas reconheçamos também que ninguém é preso por ir a uma missa, que os padres podem exercer livremente seu ministério, que a Igreja goza de autonomia, etc.

O problema reside no outro lado de um meridiano imaginário, que nos divide em ocidente e oriente. Do outro lado, cristãos são mortos por serem cristãos, a Igreja é perseguida, a prática do cristianismo em alguns países é punida com a morte, a conversão também não é permitida. Escolas cristãs e orfanatos são vítimas de atentados, igrejas são incendiadas. Tudo isso diariamente.

O grande problema de Assis é que o Vigário de Cristo não irá pedir paz, mas irá confraternizar com aqueles que, como os soldados romanos, ferem Cristo na carne. Muitos daqueles religiosos que estarão em Assis representam os credos opressores, sobretudo o islã.

Me pergunto, cinicamente, se algum grande líder muçulmano irá, publicamente em Assis, pedir pelos cristãos na Terra Santa ou pelos católicos do Oriente Médio. Será que algum grande Imã irá se desculpar pela perseguição unânime dos países muçulmanos aos cristãos? Ou será - o que é mais provável - que irá se lamentar pela "islamofobia", que só existe na cabeça desses líderes, do ocidente?

Não há guerra contra as religiões. Há uma guerra contra a Igreja. Ela é perseguida, ela é odiada por todos os lados, inclusive desde dentro. Se há algo que une as religiões é o ódio contra a Igreja. Muçulmanos, judeus, budistas e animistas tribais, todos perseguem a Igreja onde e quando podem.

Assis é um encontro nobre, mas irracional. Nobre na sua intenção de clamar aos céus pela paz. Irracional porque o faz de mãos dadas com o Adversário.

Imaginem se Pio XII, clamando pela paz, se reunisse com Nazistas e Comunistas em Assis! Seria lógico pensar algo assim? Pois é exatamente o mesmo sentimento aterrorizante de um encontro desses (que graças a Deus é impossível) que passa na cabeça dos católicos coerentes quando se lê sobre Assis.

O bom católico não pode aceitar Assis, por mais mirabolantes que sejam as justificativas. Assis é zombar dos cristãos que, hoje, dão o seu sangue em terras majoritariamente muçulmanas ou animistas. O encontro de Assis é, como disse o Mons. Lefebvre, uma abominação.

Todas as imagens dessas postagem são de acontecimentos recentes na Índia, Paquistão, Iraque. Assis III é uma afronta a todas essas pessoas. Assis III não resolverá o problema dessas pessoas. A voz corajosa da cristandade, que não negocia a sua fé, é a única que poderá se elevar aos céus.

A paz só pode vir de Jesus Cristo, só Ele é a paz, a verdadeira paz.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Entrevista de Dom Rifan


Esta é a segunda parte de uma entrevista de Dom Fernando Arêas Rifan, Bispo da Administração Apostólica São João Maria Vianney, falando sobre a crise na Igreja e o acordo entre Administração e Vaticano.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Ruptura na Congregação para os Religiosos

E alguém esperava outra coisa?

Fonte: Catholic News Agency
Tradução: Blogonicvs

Novo prefeito do Vaticano para os religiosos enfatiza reconstrução da confiança


O novo prefeito para a vida consagrada no Vaticano diz que seu trabalho-chave é "reconstruir uma relação de confiança" com ordens religiosas - uma situação na qual ele parece culpar em seu antecessor.


"Tivemos de enfrentar muitas dificuldades. Havia uma porção de desconfiança por parte dos religiosos, devido a algumas posições assumidas anteriormente. Agora, o ponto focal do trabalho é precisamente o de reconstruir uma relação de confiança ", disse o Arcebispo João Braz de Aviz na última edição da revista italiana católica 30 Giorni.


O brasileiro de 64 anos de idade, assumiu a Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica em janeiro, após a aposentadoria do cardeal Franc Rode.


Durante seu tempo no cargo, o clérigo esloveno freqüentemente se referia a uma "crise" na vida religiosa que remonta ao fim do Concílio Vaticano II em 1965.


Notavelmente, em 2008, o cardeal Rode realizou uma visita apostólica de religiosas nos Estados Unidos. O Arcebispo Braz também parecia cético quanto à abordagem inicial tomada por essa investigação.


"Havia desconfiança e oposição. Nós havíamos falado com elas, suas representantes também vieram a Roma ", disse ele.


"Nós começamos a ouvir de novo. Não quer dizer que os problemas não existem. Mas, temos que enfrentá-los de outra maneira. Sem condenações de preferência. Ouvir razões".


O Arcebispo Braz cresceu em uma família pobre na cidade de Mafra no sul do Brasil. Ele foi ordenado sacerdote para a Diocese de Apucarana em 1974. Ele admite ter sido influenciado pela "Teologia da Libertação" naqueles primeiros dias.


"Nós fomos idealistas, queríamos dar a nossa vida a algo grande. A opção pelos pobres nos deu uma grande esperança, especialmente para aqueles de nós que vem de famílias pobres. "


Esse legado o deixa com uma mistura de emoções, uma vez que muitos dos grupos católicos que promoveram a idéia - muitas vezes descrita como um híbrido de marxismo e cristianismo - agora operam como organizações não-governamentais seculares.


"Eles disseram que queriam mudar a Igreja, mas sua fé falhou e o que restou foi sociologia. Isso só pode despertar a tristeza ", disse à 30 Giorni.


"No entanto, continuo convencido de que neste período aconteceu algo grande para toda a Igreja. A percepção de que o pecado humano cria estruturas de pecado. Também, que a preferência pelos pobres é a escolha de Deus, como se vê no Evangelho."


Ao final de sua entrevista Arcebispo Braz foi igualmente franco sobre seu ceticismo sobre a Legião de Cristo.


O futuro da ordem está sendo atualmente analisada pelo Vaticano após a revelação de que seu falecido fundador, o Pe. Marcial Maciel, havia abusado sexualmente de seminaristas durante muitos anos e teve filhos com mulheres diferentes.


"Da forma como os Legionários estão, eu nunca fui convencido pela falta de confiança na liberdade pessoal que eu vi em suas estruturas", disse o arcebispo Braz.


"Foi um autoritarismo que buscava dominar tudo com a disciplina. Eu levei os seminaristas de Brasília para fora de seus seminários, porque vi que as coisas não podiam continuar assim."

****

Um bom trecho dessa entrevista já ficou conhecido pela rede. Surpreende a todos, sem dúvida, e nos leva a questionar mais uma vez os motivos do Papa ao nomear um bispo que, em alto e bom som, já se pronunciou - mais de uma vez - favorável ao mais execrável tipo de heresia já produzida no Brasil, a Teologia da Libertação.

Espanta, porque Joseph Ratzinger foi um dos principais promotores da derrocada libertacionista. Como Cardeal, Bento XVI se preocupou de forma toda especial em curar a América Latina desse câncer. E como Papa, admoestou publicamente não uma, mas duas vezes o episcopado brasileiro sobre a Teologia da Libertação. Vergonha e mistério.

Que passa na Cúria? É incrível! Alguns adeptos da teoria do "nos livrar de um mal maior" podem rever seus conceitos. Ao remover o arcebispo de Brasília, levando-o ao Vaticano, essas pessoas pensaram que por lá ele não poderia fazer mais nada, estaria neutralizado. Que engano! É justamente por lá que seu dano é maior.

O arcebispo se tornou uma figura progressista pública, parecer estar adepto a uma espécie de necromancia teológica que deseja se comunicar com o cadáver da Teologia da Libertação.

O trabalho do cardeal Rode, investigando com firmeza as alopradas religiosas sem hábito dos EUA, foi todo para a lata do lixo. Ao invés de uma condenação das práticas atuais, as religiosas sem hábito dos EUA acabarão aplaudidas pelo novo prefeito.

Uma vergonha para nós brasileiros. De alguma forma, estamos contribuindo com a derrocada da vida religiosa da Igreja que, como afirmou sabiamente o Cardeal Franc Rodé, vive uma profunda crise. Dom Aviz, entretanto, não enxerga crise, não vê problemas, vê apenas chances para o diálogo, para aprendermos uns com os outros, e outras coisas do tipo.

Cor Jesu sacratissimum, miserere nobis!

domingo, 3 de julho de 2011

Aviso

Caros leitores,

Este blog encontra-se em recesso até 10/07. Se algo muito importante acontecer até lá (algo do tipo "conclave", fim do mundo ou coisa mais grave), comentaremos. Estou um pouco impossibilitado e estou gozando minhas merecidas férias!!!
Grato
Danilo
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