sábado, 30 de abril de 2011

A Moribunda Igreja Francesa Apóia Abortistas na América Latina

( Argentinos Alerta.org / InfoCatólica - tradução livre Blogonicvs) O Comité Catholique contre la Faim et pour le Developpement (CCFD) é uma associação composta por 28 movimentos e serviços da Igreja que têm uma estrutura permanente de 170 empregados, que mobiliza uma rede de 15 000 voluntários distribuídos em 99 comissões diocesanas. É suportado, em parte, com os recursos arrecadados nas paróquias francesas durante a Quaresma.

De fato, os relatórios sobre seu site, o CCFD recebeu da Conferência dos Bispos  da França a missão de mobilizar a solidariedade dos cristãos, sobretudo durante o tempo quaresmal, para tornar mais vivo o sentimento de solidariedade entre os povos e atuar pelo desenvolvimento.

Centro Antonio de Montesinos
A missão do centro Antonio de Montesinos no México é "contribuir, a partir de uma ética cristã, para a construção de um novo projeto sociedade justa, livre e solidária inspirada nos valores do Evangelho." Este centro integra a ideologia de gênero e da teologia da libertação como "a reflexão teológica a partir de diferentes identidades (-teologia feminista de gênero, ecológicos, a indígena, desde a juventude, imigração, etc) (que) nos fornece uma visão críticas para o desenvolvimento social, econômico, religioso, político e relação com o meio ambiente ".

INDESO Mujer
O Instituto de Estudos Jurídicos Social da Mulher (INDESO mujer, em espanhol) está localizado na cidade de Rosario, Argentina. Entre suas publicações se encontra uma sobre os direitos sexuais e reprodutivos, incluindo o "direito ao aborto legal e seguro" .

O INDESO integra o Conselho Consultivo do Ministério da Previdência Social do Município de Rosário. É uma das instituições que assinaram a petição, que surgiu em 8 de abril de 2011 em vários jornais sob o título: "Educação sexual para decidir, contraceptivos para evitar o aborto, aborto legal para não morrer" incitando o congresso para debater e sancionar o projeto de "lei do aborto".

Estas duas associações foram relatadas por Jean-Pierre Moreau , autor do livro Terrorismo Pastoral, critica à influência da teologia da libertação na França. O livro contém um capítulo intitulado "O CCFD contra o Evangelho da vida". Em seu blog com o mesmo nome, Moreau disse que seu livro anterior, A Igreja e Subversão , descobriu grupos aborto financiado pelo CCFD em 1985, acusando a organização de continuar com a mesma política.

ArgentinosAlerta.org pôde verificar a partir de páginas web relevantes, que realmente o CCFD tem financiado o INDESO na Argentina e António de Montesinos Center no México.

Cardeal Burke rezará em Centro de Aborto


O cardeal Prefeito do Supremo Tribunal da Signatura Apostólica, Dom Raymond Leo Burke, e o cardeal arcebispo de Galveston-Houston, Dom Daniel DiNardo, participarão de uma vigília de oração em frente a um dos maiores centros internacionais de aborto.

Dom Burke rezará às portas do International Planned Parenthood Federation (IPPF) no Texas no dia 9 de maio próximo num evento que se chama "Noite pela Vida". Os dois purpurados liderarão uma caravana de clérigos e leigos em oração. Dom DiNardo é o bispo-chefe da comissão para defesa da vida da Conferência Episcopal Norte-Americana.

Veremos se os abortistas norte-americanos vão reagir pacifica e democraticamente a esta manifestação ou se assumirão que tal direito - o de manifestar sua opinião - serve apenas aos ideais dos abortistas.

Foto do dia - FSSPX em 360º


O site da Fraternidade Sacerdotal de São Pio X oferece uma vsita virtual ao seu seminário internacional localizado em Econe.
As imagens panorâmicas nos dão uma dimensão do local e da vista montanhosa e isolada que os seminaristas que se preparam para o sacerdócio têm.
Bem diferente dos seminários diocesanos de hoje, localizados em modernos e agitados centros urbanos, o da FSSPX é quase uma reserva, afastado e isolado.

O site: http://www.piusbruderschaft.de/images/stories/animationen/panoramen/VT%20Priesterseminar%20Econe.swf

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Espião Argentino no Vaticano

Wikileaks: arcebispo argentino espionava Vaticano para os EUA

O arcebispo argentino Luis Mariano Montemayor, que trabalhava na Secretaria de Estado do Vaticano, atuava também como informante dos Estados Unidos na Santa Sé, segundo indicou o vazamento de documentos diplomáticos divulgados pelo Wikileaks e publicados na quinta-feira (28/04) pela revista italiana L’Espresso. Segundo a publicação, após realizar uma série de discussões, o Estado católico deu apoio às iniciativas dos EUA contra a “Guerra ao Terror”, iniciada pela administração George W. Bush, o que incluiu a utilização da prisão cubana.

Segundo o jornal argentino Página12, a visão que o Vaticano tinha da guerra do Afeganistão e do centro de detenção de Guantánamo foram os motivos que levaram o governo do ex-presidente George W. Bush a recorrer a Montemayor para obter mais informações e, consequentemente, articular um apoio. Nascido em Buenos Aires em 1956, Montemayor é filho de um militar da Marinha argentina durante a ditadura civil-militar daquele país (1976-1983).

Os despachos, qualificados como "reservados", saíram da embaixada norte-americana no Vaticano e envolvem o então embaixador James Nicholson, a quem Montemayor passava as informações.

Em uma das mensagens, o monsenhor teria contado a Nicholson que "o tratamento dos detentos de Guantánamo poderia ganhar importância dentro do Vaticano, onde um debate sobre este tema terminou com um sólido apoio, ainda que com algumas reservas, à campanha dos EUA no Afeganistão". A informação teria sido relatada em um documento de janeiro de 2002, logo no início da “Guerra contra o Terror”.

Entretanto, segundo as informações de Montemayor, a Rússia estaria estudando cuidadosamente o tratamento dos EUA com os presos de Guantánamo como forma de justificar o tratamento que o país dá aos detentos da Chechênia.

Ainda segundo o bispo argentino, mesmo com a preocupação de algumas pessoas no Vaticano com um "desastre humanitário" no Afeganistão, a maioria acreditava que "a intervenção estadunidense melhorou claramente a condição humanitária dos afegãos"

Fonte: Operamundi

Milagres em "Igreja" Evangélica


Podemos ver que essa senhora é bem humilde, mas o vídeo vale muitas risadas!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Foto do Dia - Ordenações diaconais para Ordinariato Inglês







As fotos acima são da ordenação diaconal dos ex-anglicanos Professor Allen Brent e David Skeoch. São os primeiros clérigos anglicanos não-bispos que caminham ao sacerdócio católico depois da semana de recepção dos neo-católicos pelo Ordinário na última Semana Santa.
O agora diácono Skeoch (foto 2) foi cônego anglicano e membro de diversos organismos anglo-católicos. Ele foi capelão pessoal do antigo bispo anglicano de Londres e convertido católico Mons. Graham Leonard, um dos maiores convertidos da história recente do anglicanismo inglês e, certamente, um modelo que Skeoch seguiu de forma particular.
Os dois clérigos foram ordenados pelo bispo Allan Hopes, também um ex-anglicano, a pedido do Ordinário Mons Keith Newton.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Missa Afro também na Terra da Rainha


Eu pensei que a "Missa Afro" (incorporação de itens típicos da cultura pagã africana, numa escala variada, na liturgia) era coisa de América latina, mais especificamente do Brasil. A missa católica na Africa não tem tanta "africanidade" quanto uma missa afro por aqui!..

Mas eu me enganei. (Mais) Essa deturpação ou, em alguns casos, profanação da liturgia católica é também comum na Inglaterra. Enquanto só se fala do casamento da plebéia com o príncipe, uma missa afro se realiza em Londres pelo menos duas vezes por mês. Pe.Jean-Marie Paluku, da paróquia de NSa Imaculada e Santo André (Church of Our Lady Immaculate & St Andrew), é quem comanda o "batuque".

Para aqueles que preferem sempre ver o lado "bom" da coisa, pelo menos o padre usa casula! Essa nem Santa Polyana Menina engole...

sábado, 23 de abril de 2011

Números não importam na restauração

Os grupos anglicanos que estão se convertendo formalmente ao catolicismo são numericamente pequenos. Grupos como o de Ipswich, por exemplo, contam com "apenas" seis convertidos. Isso, entretanto, não diminui a força do Ordinariato.

As perspectivas do Ordinariato são de mil fiéis e sessenta sacerdotes convertidos nesta semana. Os sacerdotes, de forma especial, serão re-ordenados, não todos, para integrarem o clero do Ordinariato inglês.
O tamanho mínimo parece, num primeiro momento, não justificar toda a comoção de Roma sobre o assunto. Mas é ai que os mais apressados se enganam.

O que seria melhor, um grupo imenso de convertidos numa nova estrutura que, até o momento, não conta com locais fixos ou igrejas próprias ou, como é o caso, um grupo pequeno de pioneiros que estabelecerá com o tempo uma estrutura sólida para os futuros convertidos?

O número de leigos por sacerdote será de aproximadamente 1 padre para cada 16 leigos, o que possibilitará um atendimento espiritual quase individualizado. A França tem 1 padre para mais de 20 mil pessoas e o Brasil não fica muito atrás. Nesse caso o número mínimo de leigos da "primeira onda" de convertidos ajudará o Ordinariato a ter uma forte comunhão entre leigos e clero.

Realmente tudo ainda é muito impreciso. A única coisa certa que o Ordinariato tem é o Ordinário. Eles não possuem igrejas, capelas, salões, nem mesmo uma liturgia oficial que valorize o patrimônio anglicano, como prevê a Anglicanorum Coetibus.

Bento XVI parece ser um papa de pequenos projetos com uma visão de investimento a longo prazo. As ações deste pontificado não parecem ser imediatistas o que, sinceramente, pode ser muito irritante para aqueles que não gozam da virtude da paciência.

Anglicanorum Coetibus foi um pontapé para algo maior que virá no futuro. É um modelo de unidade efetiva dos cristãos separados e que, de alguma forma, terá efeitos no modo como lidamos com os ortodoxos, por exemplo. Da mesma forma como hoje se fala em "prelazia pessoal" para os membros da FSSPX, Bento XVI cria uma estrutura canônica inédita e específica, mostrando que a Igreja pode acolher a todos de braços abertos. Bem ao estilo da Mortalium Animos:


Ai! Os filhos afastaram-se da casa paterna; todavia ela não foi feita em pedaços e nem foi destruída por isso, uma vez que estava arrimada na perene proteção de Deus. Retornem, pois, eles ao Pai comum que, esquecido das injúrias antes gravadas a fogo contra a Sé Apostólica, recebê-los-á com máximo amor. (cf nº17)

É esse "máximo amor" que guiou a mão do Papa aos anglicanos. Anglicanorum Coetibus, na minha opinião, segue muito mais o espírito da encíclica de Pio XI e nos coloca num novo patamar na compreensão da verdadeira unidade dos cristãos.

Pequenos grupos

Bento XVI parece compreender que a Igreja terá sua força nos pequenos grupos e não nas grandes multidões. Todas as ações importantes desse pontificado foram direcionadas aos pequenos grupos. Anglicanorum Coetibus e Summorum Pontificum são o ápice dessa nova realidade.

Tanto os anglo-católicos quanto os católicos-tridentinos (para definir aqueles que preferem ou nutrem alguma simpatia pelo rito tridentino) sofrem perseguições. Em comum eles conservam um verdadeiro amor pela liturgia e pelo ensinamento apostólico sem as afetações e aberrações modernas que, infelizmente, poluem nossas paróquias.

E de um pequeno grupo surge outro e outro, etc. Temos em Roma as reuniões de uma associação de sacerdotes diocesanos bem favorável ao movimento de restauração. Nos países atendidos pela FSSPX e FSSP já há o descontrole positivo das dioceses, ou seja, muitos leigos estão percebendo o estrago e procuram ouvir mais o Papa que seu bispo local.

Um Caminho sem volta

Em poucos anos Bento XVI redirecionou a Igreja profundamente. Podemos não perceber, podemos reclamar (e algumas vezes com razão) e temer, mas é um caminho sem volta para a Igreja.

A Cúria romana foi reprogramada, uma parte da liderança episcopal global foi reprogramada para seguir conforme o curso do Papa e não conforme ideologias vazias. Até mesmo o colégio de cardeais foi redesenhado para dar continuidade ao programa de restauração.

Contudo, ainda há pedras no caminho

Imaginar que esse movimento de restauração seria "mamão com açúcar" é tolice. Há uma pesada contra-reforma-da-reforma em curso em todos os níveis da Igreja.

A ameaça o Motu Proprio, tão comentada nos últimos meses, parece não ser consistente com tudo aquilo que Ratzinger e Bento XVI fizeram e defenderam. Talvez o documento não venha como todo mundo deseja, mas duvido que virá sabotar Summorum Pontificum.

Críticas sim, desespero não!

Podemos criticar a idéia de Assis III? Podemos criticar algumas declarações em livros de entrevistas (interpretadas corretamente ou não)? Podemos receber com espanto a nomeação de um bispo progressista para Prefeito da cúria? Sim, sim, sim!

Criticar algumas ações não é falta de comunhão com o Papa, mas uma forma saudável de expor um ponto de vista. Compreender que a crítica não é necessariamente negativa é o que separa conservadores, tradicionalistas e sedevacantistas.

Para os conservadores não se pode criticar ou mesmo discordar do Papa. Se há Assis III, eles encontram uma forma de justifica-lo. O perigo é deixar de ser conservador da fé para ser conformista numa situação.

Para os tradicionalistas a única coisa que se faz é criticar. Raramente reconhecem os pontos positivos.

Um sedevacantista perde um pouco a noção entre crítica e desespero ou desesperança.

Até os Santos criticaram os Papas! Só precisamos saber a medida correta para não faltarmos com a caridade.

Conclusão

Percebam o quanto eu desviei do assunto original!
Isso caracteriza um Chat, uma conversa onde um ponto liga ao outro.

Temos um ano crucial na caminhada da Igreja. Devemos ter sempre em mente uma coisa simples:

Deus geralmente te dá...
menos do que você pediu...
exatamente o que você precisa
e mais do que você merece!

Confiemos nas ações do Papa e vamos trabalhar para que os pequenos grupos se tornem mais e mais comuns e unidos.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Mini-casula. Serve pra quê?

Como publiquei numa postagem anterior, o Domingo de Ramos numa paróquia modelo da minha diocese mostrou a presença de uma vestimenta litúrgica não prescrita na lei ordinária da Igreja. A mini-casula para os leitores leigos que servem na liturgia reformada é presença quase obrigatória por aqui, mas como ela se originou? A Santa Sé jamais prescreveu uma "veste" para leigos, exceto as roupas típicas dos acólitos.
Como demonstrou no jornal diocesano daqui, o encarregado da liturgia piracicabana nos dá a resposta:


Quem orienta sobre as mini-casulas é a CNBB! É claro, a onipresente e sempre seguida CNBB. Uma vaga orientação deste sindicato tem mais peso que 2000 anos de tradição litúrgica.
Todos os meses os católicos daqui são obrigados e ingerir e digerir as orientações litúrgicas da Pastoral Diocesana de Liturgia. Essa acima, sobre as vestes e som, é bem light porque já tivemos orientações sobre dança litúrgica!
Abaixo as consequencias da Guia da CNBB, p. 100.











   

Ortodoxos Russos e a repetição solene


Enquanto por aqui os maçons conseguem superar a missa católica, na Rússia a solenidade do rito parece conquistar o coração dos fiéis.

"Ai, ai, ai Danilo, você de novo com essa mania de Rússia ortodoxa pra lá, ortodoxos pra cá". Não se preocupem, porque uma conversão à ortodoxia russa ou grega não está nos meus planos. Mas acho importante reconhecer o esplendor litúrgico que há nas gélidas terras dos Gulags, de Dostoiévski e Tolstói.
O vídeo acima nos vem do site norte-americano, The New Liturgical Movement.

A primeira coisa que me chama a atenção é a repetição solene dos gestos, como o sinal da cruz e a tripla genuflexão. A liturgia bizantina, grega ou eslava, é rica em repetições dos gestos. Na verdade, se podemos colocar dessa forma, a liturgia como um todo é uma grande repetição solene e poderíamos ir ainda mais além na nossa reflexão  e afirmar que liturgia sem repetição é liturgia sem solenidade e, por isso, sem vida.

O vídeo mostra também que a liturgia pontifical ortodoxa conta com a participação quase exclusiva do bispo e seus diáconos e sub-diáconos. Acho muito importante existir, de fato, diáconos dentro da liturgia e não apenas diáconos de transição.

Outra coisa que me chamou a atenção foi a juventude do clero e até mesmo do episcopado russo. São muito jovens. Isso se deve, penso eu, a presença e manutenção da preciosa ordem dos acólitos, todos do sexo masculino, que contribuiu para renovar e rejuvenescer a Igreja Ortodoxa Russa. Acólitas matam vocações. Os acólitos ortodoxos se paramentam de forma semelhante aos sub-diáconos, só não possuem estola dobrada ou cruzada sobre a vestimenta.

A cor negra, de luto, domina a liturgia. Como já tive a oportunidade de escrever num comentário recente, os ortodoxos usam a cor litúrgica de forma diferente de nós. Eles variam muito mais e usam cores que para nós são desconhecidas, como o azul e o dourado.

A liturgia em questão foi a de ontem, dia 21, e foi a leitura de todos trechos dos Evangelhos que narram a paixão do Senhor, por isso podemos imaginar que foi uma liturgia muito longa. Outros detalhes: não há bancos, você participa em pé! As velas são mais finas e longas, porque a liturgia é bem longa. É o bispo quem proclama o Evangelho.

Enfim, um belo vídeo que vale ser apreciado com pequenas lágrimas no canto dos olhos quando nós, isolados no terror litúrgico do interior paulista, só podemos nos contentar com vídeos.

Maçons Superam Missa do Bispo

Interessante, muito interessante o que aconteceu por aqui ontem.
A missa de "Lava-pés" da quinta-feira santa, celebrada como de costume na Catedral, reuniu aproximadamente 200 pessoas. E o que há de interessante nisso? Bom, esse dado per si não tem nada de extraordinário (e a missa foi Novus Ordo o que garantiu a ordinariedade do momento).

O fato toma forma interessante quando lemos o que o Jornal de Piracicaba de hoje trazia na sua página A6. Na capa do jornal, com uma imagem de 1/4, estava meu bispo lavando os pés de alguns escolhidos e seus +/- 200 fiéis. Na página A6 encontramos 700 jovens reunidos num congresso da Ordem Maçônica Demolay.

Segundo as informações do Jornal, a Ordem maçônica tem mais de 4000 afiliados. Para quem não sabe, a Demolay é uma espécie pré-maçonaria, um espaço para seus jovens membros se acostumarem com o espírito maçônico.

A história de Piracicaba, especialmente da diocese, está repleta de episódios onde os bispos, de báculo em punho, lutavam ferozmente contra os avanços dos protestantes metodistas e dos maçons. Dom Ernesto de Paula e Dom Aníger Melilo, respecitvamente o primeiro e segundo bispos diocesanos, juntamente com padres de alto quilate como Mons. Rosa, foram os intrépidos cruzados contra esses avanços.

Hoje, não mais.
A maçonaria piracicabana tem um vínculo muito estreito com o protestantismo metodista. Não só em Piracicaba, mas em todo o país a igreja Metodista é pilar da maçonaria ou vice-versa. O encontro Demolay se deu no salão da Universidade Metodista.

Os primeiros bispos estavam certos, souberam reconhecer o perigo dessa aliança para os católicos, tanto que hoje, mais de 50 anos depois, os números são tão discrepantes que assustam. Um evento maçônico comum reúne quase quatro vezes mais que uma grande data do calendário católico.

Essa nova realidade mostra também uma grave incoerência que acontece por aqui e que eu não poderia deixar de passar sem uma nota.

A idéia é basicamente saber onde estão os jovens. A negativa ao rito tradicional em Piracicaba, por parte das autoridades eclesiásticas, se dá apoiada na (falsa) tese de que esse rito - a forma extraordinária - não desperta interesse e que é um rito de velhos. Na foto do jornal de Piracicaba, página A8, vemos o bispo cercado por anciãos, gente que já cruzou o cabo da boa esperança. Não estava lá, mas julgando pelas fotos, das 200 pessoas, podemos afirmar sem medo que 40% tinham mais de 50 anos. Ou seja, a missa em português e acessível ao povo de que tanto se orgulham alguns prelados em detrimento da missa arcaica, em latim e inacessível, só reúne gente velha, com todo o respeito.

Onde estavam os jovens? O encontro maçônico reuniu 700 jovens entre 12 (!) e 21 anos. Nada mais precisa ser dito.

Missa em Piracicaba para atrair gente precisa ter show, caso contrário os jovens fogem dela. Mas não apenas os jovens, as pessoas como um todo por aqui aprenderam a ser católicos de eventos. Onde há uma mobilização com um palco, lá estarão milhares de católicos piracicabanos. Onde há apenas o altar, meia dúzia ou um pouco mais.

Foi-se o tempo de Dom Ernesto e Dom Aníger. Hoje protestantes e maçons (e espíritas)  fazem desta terra seu playground atraindo jovens de todas as classes sociais para suas fileiras. Piracicaba é uma cidade onde é possível encontrar uma igrejola pentecostal em cada esquina, onde o clero cresce vegetativamente, onde as ordens religiosas femininas desaparecerão em dez anos (todas idosas). Efim, se Limeira é a Linz do Brasil Evreux é aqui.

Ps: Para quem não acredita...

Missa Sertaneja

Aprovação de Plano Diocesano de Pastoral. Acho que perderam o turibulo.

Concentração diocesana (é a Liza Minelli?)

Diaconisa??? 



Missa da Campanha da Fraternidade

Missa de... não faço idéia.

E é claro... Missa Afro!

Missa Afro

Algumas fotos são antigas, mas isso ainda acontece por aqui...

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Foto do Dia - Pastoral Afro da CNBB

xiepa



Os membros do secretariado da Pastoral Afro-americana e caribenha estiveram reunidos de 13 a 15 de abril, na cidade equatoriana da Guayaquil, com a finalidade de compartilhar e trocar experiências pastorais dos agentes da Pastoral Afro-americana, refletir sobre a realidade em continuar as mudança do povo negro, tanto na Igreja como na sociedade e impulsionar as grandes linhas da Pastoral.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Domingo de Ramos por aqui...

Ah! Ah!
O domingo de ramos por aqui foi mais ou menos igual em todas as paróquias. Interessante a imagem abaixo. Vejam, ela é da paróquia S. Dimas cujo pároco é também e por acaso o encarregado da liturgia da diocese. Ele é quem oferece as diretrizes sobre como a missa nas nossas paróquias deve ser.



Acólitos meninos? Quase extintos.
Acólitas? Ok Ok!
Leigos em pseudo-casulas? Ok

Piracicaba vive o creme da decadência litúrgica. Leigos ficam no altar durante o Canon, com suas pseudo-casulas, pseudo-concelebrando as suas liturgias pré-fabricadas.
Não posso dizer que aqui há um caos litúrgico. Rezo para que vire um caos litúrgico porque, se assim fosse, seria melhor. Entenda, Piracicaba cruzou todos os limites do que se poderia chamar de Caos Litúrgico. Aqui há um cataclisma da liturgia.
Temos tudo, absolutamente tudo o que não presta em termos de liturgia. Dança litúrgica? Temos até comissões paroquiais disso. Missa-afro? Em pelo menos cinco paróquias e em novembro isso piora. Missa caipira? Ah, qual é! Aqui é Piracicaba, é só falar porrrrta que vira missa caipira... mas sim, temos também essa variação com estola quadriculadinha, bandeirinhas, gente vestida "a caráter", etc. Missas de cura, missas show? Sim, sim. Missa marxista, ficou mais raro, mas ainda tem. Como disse tem de tudo, um verdadeiro cardápio à la carte.
Boa parte dessas práticas, listadas acima, são estimuladas oficialmente. Fazer o quê? Quem pode, pode. Quem não pode, se contorce gemendo as dores do parto em cada missa. Até quando, até quando Senhor!?

Foto do Dia - Russos, novamente




Já tive a oportunidade de publicamente reconhecer o valor da fotografia do Departamento de Relações Exteriores do Patriarcado (Ortodoxo) de Moscou (fala sério, pra que um nome tão grande!?). As imagens são sempre ótimas, cristalinas, bem iluminadas e com uma composição ímpar.
A liturgia ortodoxa celebrou no último domingo a "Entrada de Jesus em Jerusalém", o domingo de ramos deles. Os ortodoxos não tem um costume de procissão nesta data, normalmente as procissões ortodoxas são por ocasião de algum santo ou em honra a algum mártir.
De qualquer forma, com procissão ou não, com ramos ou não, as fotos são mais uma vez excelentes e transmitem o esplendor litúrgico.

A captura da luz no turibulo foi muito interessante e adiciona um bom elemento a imagem.


A composição obedece uma regra simples na fotografia e que deve ser observada sempre - simetria.  O objeto da imagem (o bispo) fica no centro da imagem dividindo-a em duas partes simétricas. Normalmente não se usa a centralização do assunto, mas nesse caso ela é quase obrigatória. A imagem está um pouco "branca" demais, mas tudo bem.

Ora, ora, sempre bom ouvir



Duro, duro e verdadeiro. Tem hora que não adianta agir com "educação" e diplomacia. Os nomes precisam ser dados aos bois, ou melhor, aos cães.

Militares brasileiros em folhetim do Abravanel

Ministério Público arquiva pedido de censura à novela 'Amor e revolução'

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Foto do Dia - CEBs Discutindo Desafios

Assessores das CEBs discutem “Os desafios do mundo contemporâneo” em Seminário no RJ

Como saber se a sua paróquia é marxista? Fácil! Observe se há o costume de organizar encontros assim, com esse monte de "coisa" jogada no meio do círculo. Pastoral da Terra, da Juventude e CEBs sempre se comportam assim. Por quê? Eu não sei... Vai ver é parte da "dinâmica de grupo"...

domingo, 10 de abril de 2011

Millingo faz mais um bispo

O novo bispo e seu mestre Milingo. Criador e criatura prontos para apunhalar a Igreja

No meu outro blog eu não pude deixar escapar a comparação entre dois bispos "rebeldes". O primeiro, é claro, foi Dom Lefebvre que consagrou quatro bispos sem mandato do Papa. O segundo é Emmanuel Milingo que também anda fazendo o mesmo.

Mas as comparações param por ai, apenas estão unidos em dois atos da mesma natureza jurídica, mas estão em pólos tão distintos quanto o céu e o inferno.

Dom Lefebvre consagrou bispos para que fizessem sobreviver aquilo que ele próprio havia recebido. Hoje a Fraternidade dá frutos diretos (os sacerdotes e priorados) e indiretos (a queda da intocabilidade do Concílio Vaticano II).

Já Milingo (que não ouso colocar o prefixo Dom) foi excomungado por envolver-se com uma seita bizarra, por se casar, por consagrar bispos sem mandato, enfim... ele é uma bagunça.

Podemos dizer, de alguma forma, que os bispos da FSSPX foram consagradas para evitar que gente como Milingo, que existem aos milhares dentro da hierarquia, tomasse o poder por completo. A semente da resistência lefebvriana impediu ou ajudou a impedir a derrocada da Igreja.

Neste final de semana Dom Milingo resolveu consagrar mais um bispo, um homem casado, para a sua igrejola que reúne padres que querem ou se casaram de fato.

Como eu disse, gente como Milingo pipoca dentro da Igreja, só que o caso do ex arcebispo de Lukasa é tão bizarro que até o Vaticano foi obrigado a tomar uma posição. Eu já ouvi padres dizendo que a posição da Igreja sobre os divorciados, gays e celibato vai mudar e que "é só uma questão de tempo e paciência" ou que "essa postura atual é insustentável" etc etc.

Por isso a nova igrejola de Milingo cresce. Ela atrai com uma força quase irresistível os milingos ainda dentro da Igreja.
Tanto ovelhas quanto lobos ouvem a voz do seu pastor, só que no caso da igrejola de Milingo é um uivo estéril.

Ceia, ceia, ceia...

Uma experiência da Pastoral da Juventude

Não preciso apontar que o céu é azul, da mesma forma não preciso dizer que nos últimos 40 anos ou mais se perdeu, quase por completo, a noção precisa e exata do sacramento da missa, ou será que preciso?
A missa seguiu um destino triste em três etapas: simplificação, redução, corrupção. Explico cada uma.

1ª Simplificação
O ritual foi simplificado, através da reforma paulino-bugniniana. Todas as grandes "pompas", colocando dessa forma, foram removidas, as antigas orações apagadas, o cantos silenciados. Os sinais externos de adoração e veneração foram quase totalmente suprimidos, restando muito pouco.

2ª Redução
Como consequência direta da simplificação nós tivemos a redução da frequencia aos sacramentos e da fé em Cristo presente no altar. Engana-se quem pensa que os leigos foram os primeiros a deixar a fé na presença real. Os padres (não todos), convencidos pela nova teologia que estava livre dos anátemas, foram os primeiros a deixar de acreditar na natureza sobrenatural da missa.

3ª Corrupção
Se a teologia tradicional havia sido suprimida, outra deveria ocupar o seu lugar. E foi precisamente isso que aconteceu em praticamente todas as paróquias do país. Uma nova teologia, corrompida, apresenta-se como católica e, sem pestanejar, leva os leigos consigo.

Aqui em Piracicaba, a Pastoral da Juventude diocesana é uma promotora dessa nova teologia. Leiam o texto abaixo, publicado no blog da Pastoral.
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A Pastoral da Juventude da Região Rio Claro realizará junto aos grupos de jovens da região a Ceia Pascal Cristã, no próximo dia 16 de Abril, às 20h30, na Igreja Matriz de Santa Cruz (no centro pastoral, av 12 entre ruas 8 e 9, no bairro Santa Cruz).


Esta ceia teve origem na Ceia Pascal Judáica (celebrada até hoje), na qual Jesus Cristo a transformou em Ceia Pascal Cristã, pois Ele é o verdadeiro Cordeiro que traz a plenitude de tudo o que foi realizado no Antigo Testamento, sendo a Nova e Enterna Aliança [destacando só essa parte que é a única coisa católica na mensagem].


Vivenciar a Ceia Pascal Cristã, assim como na sua origem, não é apenas um mero teatro [seria o que então?]. Mais que isso, ela tem um valor pedagógico para relembrar e mergular (sic) no última ceia vivida por Jesus Cristo e seu amigos, e assim, melhor entender e vivenciar a Eucaristia que celebramos até hoje durante a Santa Missa.


Nos vemos por lá pessoal!


(fonte: Pastoral da Juventude Região Rio Claro)

É preciso deixar claro que a única experiência com um valor pedagógico e espiritual é a Santa Missa. A missa não é apenas uma modificação da ceia judaica, mas um autêntico sacrifício que tem seu sentido verdadeiro na cruz. E é preciso enfatizar que os nossos jovens não tem a menor noção disso.

Para fazer uma comparação, é como se eles quisessem sentir o conforto de uma Mercedes Benz andando de carro de boi! A comparação é péssima, mas ajuda...

Como a missa foi reduzida a um banquete, nada melhor que reviver o último banquete para "melhor entender e vivenciar a Eucaristia". Para entender e melhor viver a missa católica, os jovens da PJ deveriam ir ao calvário e não apenas à mesa.

A notícia acima pode parecer boba, afinal todos nós já sabemos que é isso que acontece cotidianamente nas nossas paróquias e nas nossas dioceses; sabemos que é essa teologia parcial, simplificada e, em alguns casos, corrupta que conduz o padres e leigos "engajados". Sabemos ainda que os movimentos sociais da Igreja, inclua-se a PJ, são os principais artífices dessa realidade. Sabemos de tudo isso.
Só achei que, mesmo assim, precisava registrar o fato aqui.

domingo, 3 de abril de 2011

Solução canônica para a FSSPX

Está rodando pela blogosfera, com maior ou menor efeito, uma brisa de fofoca onde especula-se que a Santa Sé estaria estudando uma estrutura canônica para a FSSPX, na forma de prelazia pessoal (estrutura Joãopaulina) ou, como sugerem os boatos mais recentes, um ordinariato pessoal e global (especialidade de Bento XVI).

Que bom será quando os padres da fraternidade puderem entrar nas dioceses sem os estigmas impostos pelos vigários e ordinários locais. Contudo, alguém acredita que isso é imediato?

Não há da parte da Sociedade um desejo público de regularizar a situação canônica porque, como vários expoentes da FSSPX deixaram claríssimo, a questão não é do direito, mas da teologia.

Pelo que se lê na rede e de algumas declarações pescadas aqui e ali pelo superior geral da Fraternidade, as conversas com Roma deram resultado zero. Irão terminar sem fruto objetivo. Talvez num espaço maior de tempo essas conversas serão úteis, mas o futuro pertence ao Senhor.

Não acredito que a FSSPX como um todo aceite qualquer estrutura, especialmente agora com tantas notícias desfavoráveis aos fiéis tradicionalistas vindas de todas as partes. Se a Santa Sé propor uma estrutura de qualquer natureza poderá receber um belo não  como resposta. Ou, pensando o pior, poderá rachar a fraternidade. O velho adágio romano "dividir para conquistar".

Os resultados pouco satisfatórios com a aplicação do Motu Proprio demonstram que há ainda muito caminho a ser percorrido. Há resistência, há perseguição de fiéis diocesanos que ousam manifestar qualquer traço de sensibilidade, digamos, mais tradicional. E poderíamos imaginar que os fiéis da fraternidade seriam poupados? Claro que não.

Fiquem onde estão, belo bem da Igreja!

Pode parecer incoerência, mas é o que desejo e acredito que é o melhor e mais sensato a se fazer. Se a Fraternidade for regularizada, morrerá. Os Institutos Tradicionais Ecclesia Dei são fortes em parte graças a existência da Fraternidade S. Pio X. Eles ainda estão unidos de alguma forma e existem em simbiose ou numa espécie de limbo teológico (são parte da FSSPX em Roma ou um braço de Roma na FSSPX?). Se a Fraternidade cair, eles serão assimilados pelas dioceses e a missa e toda a espiritualidade tradicional se tornará apenas um "carisma", uma caricatura imperfeita do que deveria ser de fato a alma da Igreja.

Eles não estão fora da Igreja, deixo claro. Eles estão fora da estrutura jurídica, apenas isso. Essa visão eu confesso que não tinha, mas me deparar cada vez mais com o caos dentro do Templo de Deus só me faz ter uma dimensão mais real das coisas. Algumas irregularidades podem ser benéficas.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Outra comunidade Oriental escolherá novo líder


O cardeal arcebispo maior dos Sírios-Malabares, Dom Varkey Vithayathil, faleceu hoje deixando sua Igreja particular acéfala. Parece que 2011 será o ano dos "patriarcados" orientais receberem uma nova liderança.
Primeiro os maronitas, depois os greco-católicos ucranianos e agora os malabares.
A pequena comunidade cristã oriental da Índia espera por nossas orações e certamente Dom Vithayathil também.
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