domingo, 5 de dezembro de 2010

"Hummes" voltando à Cúria

Ele iria para a congregação para
os religiosos ou para a Capela
Sistina?
O vaticanista italiano Andrea Tornielli apontou recentemente a possibilidade do Cardeal Oscar R. Maradiaga ser nomeado Prefeito para os religiosos. A preocupação no Vaticano, segundo Tornielli, seria com a vida do purpurado hondurenho que enfrenta diversas ameças depois do golpe-não-tão-golpe-assim dado em Honduras e que despachou o então presidente filobolivariano Zelaya.

Tornielli também aponta que a igreja na América Latina ficou sem um representante em Roma depois da aposentadoria amplamente esperada e felizmente efetivada do cardeal brasileiro Claudio Hummes. Como assim Tornielli? A Santa Sé não é a ONU que precisa ter TODOS os continentes representados na Cúria.

O movimento de internacionalização da Cúria tomou impulso com Paulo VI, a época do Vaticano II, sendo um instrumento de colegialidade discreta. A Cúria puramente italiana foi gradativamente substituída por uma Cúria mais cosmopolita, internacional e plural.

Sandri, bispo latino como prefeito
dos orientais. Isso é liturgicamente
confuso!
A América latina tem sim um cardeal como chefe de dicastério: Leonardo Sandri, argentino e prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais. Sandri é discreto, nem um pouco marxista, bem diferente de Maradiaga que é uma versão jovem de Hummes. O único defeito de Sandri é ter vindo da Secretaria de Estado da época Sodano (ele inclusive lembra o cardeal Sodano fisicamente) . A vantagem de Maradiaga é ser salesiano, ou seja,  assinar com ",SDB" (Sócio De Bertone).

Por que não levam para a Cúria o cardeal Cipriani Thorne, de Lima? Membro do Opus Dei, não tem cardeal latino-americano mais afinado com o Papa que ele.

Espero que o critério para o Papa escolher alguém para trabalhar em Roma seja competência e fidelidade e não nacionalidade ou ameaças políticas.

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